sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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“Vale é uma joia brasileira, não pode ser condenada”, diz CEO da empresa

Esta é a primeira vez que o presidente da Vale fala diante do Parlamento sobre o acidente ocorrido em Brumadinho em 25 de janeiro.
Diretor-presidente da Vale, Fábio Schvartsman - Crédito: Reprodução / Exame

O diretor-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, declarou nesta quinta-feira (14), que a empresa “não pode ser condenada” pelo desastre causado por rompimento de uma barragem operada pela companhia em Brumadinho (MG), responsável pela morte de pelo menos 166 pessoas.

“A Vale é joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu numa de suas barragens por maior que tenha sido a sua tragédia”, disse. A declaração foi dada durante reunião da comissão externa da Câmara dos Deputados que apura a situação de barragens no Brasil.

Esta é a primeira vez que o presidente da Vale fala diante do Parlamento sobre o acidente ocorrido em Brumadinho em 25 de janeiro.

Referindo-se ao desastre como um “acidente”, ele reforçou o posicionamento da companhia de que os laudos aos quais a companhia teve acesso não indicavam o perigo iminente de rompimento da barragem.

Apesar das declarações do presidente da Vale, documentos internos da companhia revelados pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) indicam que a represa da mina do Córrego do Feijão fazia parte de um grupo de 10 barragens com mais propensão a rompimento e que se encontravam em uma zona de atenção.

O documento indicava ainda que a companhia havia estimado a quantidade de mortos em caso de rompimento dessa barragem e os custos que a empresa teria se isso viesse a acontecer. Os custos estimados pela empresa eram de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 5,6 bilhões).


Em depoimento hoje, o presidente da empresa afirmou que a empresa desconhece o que motivou o rompimento. “Nós continuamos sem saber os motivos que o causaram. Todas as informações que nós possuíamos e que eram enviadas aos técnicos da Vale demonstraram que não havia qualquer perigo iminente sobre aquela barragem. Consequentemente não havia nenhuma razão de alarme ou de preocupação por parte da gestão da companhia”, afirmou.

 

 

Com informações do Uol