Desde o dia 1º deste ano, os consumidores residenciais de energia elétrica têm a oportunidade de pagar contas de luz mais baratas com a tarifa branca, que foi estendida a todo o país. Para ter acesso à modalidade, o consumidor precisa formalizar a opção à distribuidora a partir deste mês, indo em uma agência de atendimento. Após isso, a empresa vai instalar um novo medidor de energia elétrica para registrar o consumo, e a pessoa só pode retornar ao modelo convencional depois do período de experiência, fazendo novamente uma solicitação à concessionária.
Em 2019, apenas as pessoas que consumiam até 250 quilowatts-hora (kWh) podiam aderir ao modelo, mas agora qualquer cliente poderá optar pela tarifa. Essa taxação consiste na redução do preço da energia fora do horário de pico, também chamado de horário de ponta. Com a tarifa branca, o consumidor passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana em que consome a energia elétrica.
São três faixas de valores nos dias úteis: o horário de ponta (tarifa vermelha), entre o fim da tarde e o início da noite; a faixa intermediária (amarela), uma hora antes e uma hora depois do horário de ponta, e o horário fora de ponta (verde), com custo mais baixo no restante do dia. Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia nos períodos de menor demanda – manhã, início da tarde e madrugada, por exemplo –, a opção pela tarifa branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida.
Nos dias úteis, a tarifa branca tem três valores: ponta, intermediário e fora de ponta, períodos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e diferentes para cada distribuidora. Sábados, domingos e feriados contam com a tarifa fora de ponta nas 24 horas do dia. A modalidade não se aplica aos consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em Lei, e à iluminação pública.
Segundo o executivo de Relacionamento ao Cliente da Equatorial Energia Pará, Francisco Tiago Oliveira, no território paraense, os horários de ponta vão de 18h30 até 21h29, quando a tarifa cobrada é R$ 1,47. Nos períodos intermediários (de 17h30 às 18h30 e de 21h29 às 22h30), a taxa é R$ 0,93 por kWh, enquanto nos horários fora de ponta custa R$ 0,55, 20% menor, portanto, que a tarifa convencional (R$ 0,68).
Francisco Oliveira destaca, no entanto, que é muito importante que o consumidor, antes de optar pela tarifa branca, conheça seu perfil de consumo. Caso o cliente não preste atenção e mantenha o consumo no horário de ponta, poderá fechar o mês com a conta mais cara.
Para ter certeza do seu perfil, o consumidor deve comparar suas contas com a aplicação das duas tarifas. Isso é possível por meio de simulação com base nos hábitos de consumo e equipamentos. Para aderir à tarifa branca, os consumidores precisam formalizar sua opção junto à distribuidora. Quem não optar por essa modalidade continuará sendo faturado pelo sistema atual.
Fonte: O Liberal