Ventania chega a 60 km/h em São Félix do Xingu; é possível que continue nos próximos dias, alerta Inmet

Meteorologista do Inmet explica que instabilidade é resultado de frentes frias e nuvens cúmulus nimbos; população é orientada a adotar cuidados para evitar acidentes.
Rajadas de vento atingem São Félix do Xingu, causando destruição em estruturas e árvores na cidade. (Imagem: Reprodução)

Na tarde desta quarta-feira (24), a cidade de São Félix do Xingu, no sul do Pará, foi atingida por um forte vendaval que provocou estragos em diferentes pontos da cidade.

Na orla do rio Xingu, conhecida como Pedral, uma barraca foi virada pelo vento e a estrutura de um circo desabou.

Apesar da força da tempestade, não houve registro de feridos, apenas danos materiais. Restaurantes próximos ao rio também tiveram prejuízos.

Moradores relataram chuva intensa acompanhada de rajadas de vento que afetaram diversos bairros, causando transtornos e danos a propriedades.

Em relatório, equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil apontaram que o vendaval durou cerca de 35 minutos, houve apenas danos e prejuízos, nao houve vítimas e uma embarcação que naufragou estava à deriva sem passageiros.

Além disso, não teve nenhum tipo de vítima, não houve danos, nem prejuízos públicos, nem queda de árvores e de energia que pudessem interferir na normalidade dos serviços da cidade.

Região enfrenta uma linha de instabilidade

Segundo  Raimundo Abreu de Souza, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Belém, a região do sul do Pará enfrenta uma linha de instabilidade associada a uma frente fria presente na região do Espírito Santo, combinada a uma “cavado” que favorece a formação de nuvens cúmulus nimbos.

Imagem de satélite de 24/09/2025 mostra áreas de instabilidade no sul do Pará. A área vermelha indica nuvens frias, com temperatura entre -60°C e -70°C, formando cúmulus nimbos responsáveis pelas chuvas e ventos fortes. (Imagem: Inmet)

“Essas condições abrangem todo o sul do Pará e provocam chuvas em cidades como Tucumã, São Félix do Xingu, Santa Maria das Barreiras e demais municípios da região”, explicou.

Raimundo Abreu de Souza, meteorologista do Inmet, explica a formação das nuvens cúmulus nimbos que provocaram chuvas e rajadas de vento no sul do Pará. (Foto: Redes Sociais)

Ele detalhou que a ventania registrada nesta quarta-feira foi resultado do encontro entre ar frio e ar quente, gerando rajadas de vento de até 60 km/h e precipitação de 29 milímetros entre 15h30 e 18h.

“É possível que rajadas de vento continuem nos próximos dias, especialmente porque a instabilidade já se formou há três dias e se intensifica no final de setembro”, acrescentou.

Moradores relataram que a chuva forte acompanhada de rajadas de vento atingiu diversos bairros, causando transtornos e danos a propriedades. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Prevenção

O meteorologista do Inmet, representado pelo 2º Distrito de Meteorologia (2º Disme), em Belém, também orientou a população a se prevenir.

“Evitar ficar próximo a redes elétricas e postes, e, caso esteja dentro de um veículo, não sair se ocorrer queda de postes ou presença de água na rua, já que a água conduz energia elétrica. As tempestades, além das rajadas de vento, podem vir acompanhadas de raios”, destacou.

Ainda segundo Abreu, apesar das nuvens permanecerem, as chuvas nos próximos dias devem ser de fraca intensidade e as rajadas mais severas tendem a ser pontuais, localizadas exatamente na frente do sistema de instabilidade.


(CLEIDE MAGALHÃES, da Redação do Fato Regional)

 

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