A Polícia Civil prendeu na noite de ontem, 2, Andreza Cristina, mais conhecida como “Bibi Perigosa”, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com o governador do estado, Cláudio Castro, a mulher é acusada de comandar uma facção criminosa e também de liderar os ataques no Rio Grande do Norte.
A prisão foi feita por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Civil. A polícia informou que ela estava escondida no Complexo da Penha, na zona norte da cidade, e vinha sendo monitorada por agentes. O nome da detida ainda não foi divulgado.
Ela foi presa em Campo Grande, na zona oeste da cidade. Segundo a Polícia Civil, a mulher, de 31 anos, assumiu o comando da facção após a morte de seu companheiro, em setembro de 2016, e responde a vários processos na justiça.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte informou que ela era procurada pela polícia daquele estado e tinha dois mandados de prisão em aberto: um por tráfico de drogas e outro por organização criminosa.
O governador do estado do Rio, Cláudio Castro, escreveu sobre a prisão, em seu perfil na rede social Twitter.
“Ela é considerada uma das maiores traficantes e acumula vários processos na Justiça potiguar, por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques do mês passado”, escreveu Castro.
Pessoal, policiais civis da DRE, prenderam em Campo Grande, na Zona Oeste, a chefe da facção criminosa do Rio Grande do Norte, Andreza Cristina, conhecida como Bibi Perigosa, após um excelente trabalho de inteligência.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) April 3, 2023
No dia 14 de março, vários ataques promovidos por criminosos foram iniciados no Rio Grande do Norte, com incêndios e tiros contra prédios públicos, veículos, comércio e casas, em retaliação pelas condições dos presídios daquele estado.
Investimentos
Agentes da Força Nacional de Segurança Pública foram enviados ao Rio Grande do Norte e o governo federal anunciou investimentos de R$ 100 milhões na segurança do estado.
Na última sexta-feira (31), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, visitou o estado, para a entrega de fuzis, pistolas, munições e viaturas.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social potiguar, foram registrados mais de 300 ataques, entre os dias 14 e 24 de março, que resultaram na morte de um comerciante. Mas, desde o dia 25, não são registradas ocorrências relacionadas a esses atentados.
Ações policiais, por sua vez, resultaram na morte de 14 suspeitos de envolvimento com os ataques, sendo 12 no Rio Grande do Norte e outros dois em ações da polícia potiguar no Ceará e na Paraíba.
Ainda de acordo com a secretaria potiguar, mais de 280 pessoas foram presas. A polícia também apreendeu 46 armas e 149 artefatos explosivos.