Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de São Félix do Xingu, no Sul do Pará, fez o atendimento de uma adolescente, de 15 anos, em trabalho de parto. A moça estava em via pública, na PA-279, no sentido de saída para Tucumã. A gestação havia sido ocultada da família dela e só foi descoberta dentro da viatura, onde, momentos depois, o parto ocorreu. É uma menina, que estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Ela e a mãe estão bem. O comandante da equipe, sargento M. Lima, define a ocorrência como “coisa de Deus”.
O sargento M. Lima diz que tudo pareceu inusitado na ocorrência, desde o recebimento do chamado. E por isso ele diz que era para tudo ter ocorrido assim mesmo. Ele estava como comandante de socorro do dia, além de ser fisioterapeuta de formação e ter experiência em hospitais maternidades. A demanda chegou por um sistema incomum para acionamento dos bombeiros, às 3h50 desta segunda-feira (14).
Veja imagens do trabalho dos bombeiros no atendimento à moça e ao bebê, no Instagram do Fato Regional (@fatoregional):
“Inicialmente, seria para um atendimento clínico. Socorrer uma moça com dores nas pernas e que estava sem conseguir se mover. Poderia ser um problema de coluna. Estava dentro das nossas atribuições de atendimento e fomos. Na equipe estavam eu, o sargento Ramos, o soldado Souto e o sargento Brahyan, que estava de folga, mas disse que queria ir na ocorrência. Veja só como são as coisas”, relata o sargento M. Lima.
Chegando ao local, perto de um supermercado, os bombeiros viram a moça em pé, com as pernas flexionadas e abertas. Ela reclamava de dores intensas na barriga. Havia um amigo dela presente, que foi quem acionou o resgate. Pegaram a jovem no colo e colocaram na viatura, com muita cautela, já que ainda não sabiam do que se tratava. Somente durante exames iniciais, de toque, para ver se não se tratava de um problema de apêndice que o sargento M. Lima percebeu que ela estava grávida. Notou a presença de líquido e se deu conta que era um trabalho de parto.
“Quando nos preparamos para realizar o parto, vi que o bebê já estava coroando, ou seja, já era possível ver a cabecinha. Porém, não estava chorando e estava ficando roxo. Analisei e percebi que havia dois nós de cordão umbilical no pescocinho. Fiz as manobras, desfiz os nós e então ela saiu, chorou e seguimos para o hospital. Lá a mãe e a bebê receberam os cuidados necessários e já temos notícias de que estão bem. Estamos nos organizando para visitá-las. Coisa de Deus mesmo, porque se demorássemos mais um pouco, talvez a bebê não tivesse sobrevivido”, concluiu o sargento.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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