sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Whatsapp do Disque Denúncia completa um ano e colabora na elucidação de crimes em todo o Pará

No ano passado, a ferramenta foi o segundo canal mais utilizado pela população
Foto: Rogério Uchôa/Agência Pará.

O Pará foi o primeiro estado do Brasil a disponibilizar um número de WhatsApp para denúncias, garantindo o sigilo e o anonimato do denunciante. A iniciativa pioneira ampliou o serviço para todo o território paraense e, desde 27 de março do ano passado, colabora para a elucidação de crimes praticados contra a sociedade, seja a vítima mulher, idoso ou animais. As mensagens enviadas são recebidas e um diálogo se constrói, buscando obter o máximo de informações pelo sistema de Inteligência Artificial Rápido e Anônimo, personificado por uma atendente virtual denominada Iara.

O número (91) 98115-9181 Disque Denúncia é o WhatsApp oficial da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e o único que garante o sigilo e anonimato do cidadão que contribui para as investigações, garantindo também a segurança do denunciante.

Por meio do aplicativo de mensagens, qualquer pessoa pode enviar texto, áudio, fotos e vídeos, além de localização. As informações podem ser também sobre crimes que já ocorreram para que possam ser solucionados, como por exemplo, recaptura de presos, venda de entorpecentes, localização de veículos roubados, entre outros, ou de crimes que podem ser evitados. Ao fazer uma denúncia, a pessoa receberá um número de protocolo para acompanhar o andamento da demanda ou acrescentar informações.

Juntamente com o WhastApp da Iara, a Segup lançou mais dois canais de denúncia. O chatbot (caixa de diálogo com atendimento virtual), presente em diversos sites dos órgãos da segurança pública, e o formulário web, disponibilizado no site da Segup, totalizando quatro canais para a sociedade. O número 181 permanece disponível para chamadas de voz, gratuitamente.

Dados – No ano de 2020, 166.521denúncias foram recebidas pelo Disque Denúncia, sendo o WhatsApp o segundo canal mais utilizado. As cinco maiores ocorrências informadas foram: tráfico de entorpecentes (32,90%), poluição sonora (20,89%), omissão na prevenção da Covid-19, desobediência ao decreto em relação a bares, restaurantes e similares (12,58%) e maus-tratos contra animais (7,29%).

De março a dezembro, 10.459 denúncias válidas foram registradas no aplicativo de mensagens, 1.311 pelo chatbot e 420 pelo formulário web, totalizando 12.190 denúncias válidas recebidas pelos meios digitais. De janeiro a março, já foram cadastradas 2.911 denúncias por meio do WhatsApp, 2.297 pelo chatbot e 68 pelo formulário web. No WhatsApp, as maiores ocorrências registradas são: omissão de prevenção a Covid-19, bares, restaurantes e academias que desobedeciam ao decreto estadual, poluição sonora e tráfico de entorpecentes.

Lançado no início da pandemia do coronavírus, os canais digitais do Disque Denúncia contribuíram para impedir ações que colaboram para a proliferação do vírus, impedindo que grandes eventos fossem realizados e no recebimento de denúncias de pessoas que desobedeceram ao calendário vacinal construído com base no Plano Nacional de Imunização (PNI).

“Estamos em menos de três meses de 2021, mas já tivemos mais de 5 mil denúncias recebidas através desses canais, mais da metade delas através da Iara, pelo WhatsApp, e a gente pretende continuar fazendo isso, articulando com a sociedade, facilitando o acesso. Lembrando que grande parte das ocorrências que a Iara recebe nós tivemos resultados durante este primeiro ano, grande parte tráfico de drogas, e também um trabalho muito importante em relação ao cumprimento do Decreto 800, além de poluição sonora”, elencou o titular da pasta da segurança estadual.

Crimes de grande repercussão também foram solucionados por meio do Disque Denúncia. No bairro da Sacramenta, em Belém, a polícia chegou até um homem acusado do crime de estupro de vulnerável e, com ele, também foram encontradas notas falsas de R$ 100, totalizando o valor de R$ 1.200. Em Barcarena, na região do Baixo Tocantins, a polícia prendeu um homem que estava foragido do sistema penal do estado de Macapá desde 2019, com diversas passagens por homicídios e tráfico de drogas. Mais recentemente, com a colaboração da população, a polícia chegou até os acusados de picharem casas no bairro do Tapanã com frases de ameaça e intimidação a moradores que possuíam câmeras de monitoramento em suas residências.

ESTRUTURA FÍSICA


Paralelo aos avanços em tecnologia virtual, o Governo investe ainda na melhora do espaço de trabalho para os profissionais que recebem as ocorrências. O novo espaço físico, que por questões de segurança não pode ter a localização divulgada, tem mais de 200 metros quadrados, 18 computadores equipados com os sistemas mais ágeis e equipamentos modernos para atender a demanda rapidamente. A previsão é que ainda neste primeiro semestre o novo espaço esteja pronto para receber os profissionais.

 

 

Fonte: Agência Pará