sexta-feira, 17 de maio de 2024

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201 propriedades rurais podem ser afetadas com demarcação de terra indígena entre São Félix do Xingu, Vila Rica e Santa Cruz do Xingu

Estudos foram anunciados pela Funai e Ministério dos Povos Indígenas do Brasil, numa área de mais de 362 mil hectares e que historicamente é palco de conflitos. Somente uma aldeia ainda resta na Terra Indígena Kapôt Nhinore
O levantamento da BR Fazendas aponta 201 propriedades rurais do Pará e d0o Mato Grosso que podem ser afetadas pela demarcação (Foto: Bruno Cecim / Agência Pará / Imagem Ilustrativa)

Pelo menos 201 propriedades rurais podem ser afetadas, caso a Terra Indígena Kapôt Nhinore seja realmente demarcada entre o Pará e o Mato Grosso. O levantamento é da BR Fazendas, após o anúncio de estudos para demarcação do território na última sexta-feira (28). O processo deve levar pelo menos 90 dias. Haverá uma fase de contestação antes da conclusão.

Parte da TI Kapôt Nhinone fica em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Outra parte fica nos municípios de Vila Rica e Santa Cruz do Xingu, no Mato Grosso. A área compreende É uma região com 362.243 hectares. Tradicionalmente, era lar dos povos indígenas Kayapó Mebêngôkre e Yudjá. Mas grande parte da área é ocupada por não-indígenas.

Atualmente, resta apenas uma aldeia na TI, que leva o mesmo nome de Kapôt Nhinore. Há cerca de 60 indígenas vivendo na área, que é palco de conflitos e ocupações históricas. O que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério dos Povos Indígenas estão fazendo agora são estudos. A demarcação final cabe ao Ministério da Justiça, que vai analisar os estudos e contestações.

Apesar de o processo ter iniciado, nenhuma medida está sendo tomada neste momento. Até que o Ministério da Justiça dê o parecer final, baseado no estudo de demarcação e nos recursos apresentados pelos proprietários das fazendas afetadas, nada muda nos três municípios.


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(Da Redação do Fato Regional)