segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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VÍDEO: homem é preso, em Minas Gerais, por racismo e tortura ao dar R$ 10 para agredir andarilho em situação de rua

Os crimes foram filmados e a gravação foi compartilhada pelo próprio investigado, José Maria Vilaça, que esperou até o Dia da Consciência Negra para publicar em redes sociais. Isso mostra o quanto a data continua sendo necessária. Racismo é crime imprescritível e inafiançável. O agressor já responde por furto e violência doméstica.
No vídeo e balbuciando temas aleatórios e desconexos, José Maria Vilaça mostra o momento em que dá o dinheiro a Djalma e então começa a açoitá-lo com um cinto (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Um homem identificado como José Maria Vilaça, de 44 anos, foi preso em Itaúna (MG) pelos crimes de racismo e tortura. Num vídeo que ele mesmo divulgou, aparece dando R$ 10 para um homem em situação de rua, conhecido como Djalma Rosa da Costa, o “Andarilho de Itaúna”, para poder bater nele com um cinto. O caso já é no mínimo revoltante, mas piora: ele esperou o Dia da Consciência Negra para divulgar a gravação nas redes sociais.

Os crimes ocorreram e foram gravados na noite do dia 10 de novembro. No entanto, José Maria Vilaça deliberadamente, segundo as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, aguardou a data voltada ao combate contra o racismo e memória do fim da escravidão no Brasil para mostrar as cenas de humilhação e tortura contra um homem negro e com problemas de saúde mental. “Djalma” está sendo acompanhado pela prefeitura, está bem e em segurança.

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O delegado Leonardo Pio disse que José Maria Vilaça está sendo alvo de uma investigação que aponta para os crimes de racismo e tortura, podendo chegar a uma média de 15 anos de prisão. Racismo, pela legislação brasileira, é um crime imprescritível e inafiançável. A autoridade policial adianta que outros fatos estão sendo analisados e mencionou que a investigação é “complexa”, mas não restam dúvidas sobre o que foi filmado e compartilhado em redes sociais. O homem já responde a processos por furto e violência doméstica.

A pessoa que gravou o vídeo também foi identificada, mas a princípio não foi responsabilizada diretamente. O caso segue sob investigação e pode resultar na responsabilização de mais pessoas. Djalma tem uma cuidadora e que foi orientada sobre os próximos passos da investigação. Esse é um dos muitos motivos pelos quais o Dia da Consciência Negra é necessário.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do G1 e Viu Itaúna)


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