A presidência dos Estados Unidos (EUA) anunciou a saída do Acordo de Paris, um tratado internacional adotado para minimizar as mudanças climáticas. A medida afeta diretamente a responsabilidade mundial contra o aumento da temperatura e a emissão de gases de efeito estufa, assuntos pertinentes na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será novembro, em Belém.
Mário Tito Almeida, professor doutor em Relações Internacionais, da Universidade da Amazônia (Unama), analisa que a saída de uma das maiores potências mundiais do Acordo de Paris representa um enfraquecimento na política ambiental. Os impactos das indústrias na emissão de CO2, o desmatamento e o avanço dos focos de queimadas são consequências que potencializaram as mudanças climáticas, tema central da COP30.
“O decreto do presidente Donald Trump significa não seguir mais as orientações e nenhuma decisão que seja voltada às mudanças climáticas. Na prática, não haverá políticas de ininterrupção em processos produtivos e na utilização de recursos naturais que causam aquecimento global”, explicou Mario Tito. Assinado em 2015, mais de 90% dos países do mundo participam do Tratado de Paris, incluindo o Brasil.
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A ruptura dos EUA com o acordo, diz o o professor, pode gerar incertezas às metas que devem ser assumidas na COP30. Como se trata de uma decisão de governo, a saída dos Estados Unidos não pode ser revogada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mario Tito destaca há considerações que a entidade pode fazer para reverter o decreto presidencial de Trump, no entanto, são contestáveis.
“Além de incertezas com a responsabilidade climática, se não houver financiamento suficiente para o alcance dessas metas, será um grande risco à saúde climática. Por outro lado, a COP30 pode ser a grande oportunidade para a comunidade internacional concretizar medidas inflexíveis; sem levar em consideração a política de isolamento adotada pela presidência estadunidense”, conclui Almeida.
(Da Redação do Fato Regional, com informações da Unama)
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