A maioria dos brasileiros ainda enxerga a Amazônia como um território distante, mítico e intocável. É o que mostra a pesquisa “O que o Brasil pensa da Amazônia”, encomendada pela Associação dos Negócios de Sociobioeconomia da Amazônia (ASSOBIO), em parceria com a FutureBrand São Paulo e apoio do Fundo Vale.
A pesquisa foi o foco principal do painel “O que o Brasil pensa da Amazônia”, realizado no dia 19, no barco Banzeiro da Esperança, ancorado no Porto Futuro II, em Belém. Entre os dados da pesquisa, um deles chama a atenção: 65% dos brasileiros afirmam desconhecer a Amazônia, seja por nunca terem visitado ou por só acompanharem quando a floresta vira notícia nacional. O levantamento revela também o que os brasileiros sentem pela Amazônia: 47% sentem admiração, 39% orgulho e 27% fascínio.
Outro dado surpreendente é que apenas 35% reconhecem que há grandes cidades na Amazônia. “A Amazônia não é só desmatamento e problemas ambientais. Existe um modelo econômico chamado de sociobioeconomia que comprova que é possível desenvolver e produzir com os insumos da floresta, gerar renda, conservar a natureza e fortalecer comunidades locais. É isso que estamos mostrando nesta COP”, destaca Paulo Reis, presidente da ASSOBIO.

O estudo também aponta que o termo bioeconomia ainda é pouco conhecido dos brasileiros. Só 34% dizem compreender o conceito, geralmente associado à sustentabilidade. Mesmo assim, 82% acreditam ser possível desenvolver a Amazônia sem destruí-la, e 83% enxergam no consumo de produtos amazônicos uma forma de apoiar comunidades locais.
O consumo, porém, ainda é restrito: 54% não encontram produtos amazônicos onde vivem, e 34% não sabem identificá-los. Por outro lado, 84% confiam em selos e certificações para garantir origem e responsabilidade ambiental, e 42% demonstram interesse em consumir produtos da bioeconomia, especialmente de alimentação (84%) e cosméticos (80%).
A pesquisa foi lançada durante a Climate Week, em Nova York, e serve como termômetro para o debate que deve ganhar força para além do período da COP30, em Belém. “A Amazônia não cabe em um único modelo. É um território diverso, com realidades e maturidades socioeconômicas muito distintas. Por isso, nosso foco tem sido construir arranjos de impacto positivo adaptados às realidades e necessidades de cada localidade. A COP está aproximando o mundo, mas especialmente o Brasil, da Amazônia”, afirma Márcia Soares, gerente de Amazônia e Parcerias do Fundo Vale.
O levantamento reforça que, mais do que um bioma, a Amazônia é um espelho do país e pode se tornar um modelo econômico para o mundo.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Assessoria de Imprensa da ASSOBIO).
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