sábado, 23 de novembro de 2024

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Parlamentares sugerem adiar eleições municipais de outubro por coronavírus

Apesar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter afirmado na última quinta-feira (19) que não vai alterar o calendário eleitoral, senadores sugeriram nesta sexta-feira (20) que as eleições municipais previstas para outubro sejam adiadas por conta dos impactos da epidemia do novo coronavírus.

O senador Major Olímpio (SP), líder do PSL no Senado, encaminhou ofício à presidente do TSE, ministra Rosa Weber, em que pede o adiamento das eleições para 2022 para evitar o contágio de pessoas com o início da campanha eleitoral e ajudar na economia de recursos públicos.

O parlamentar argumenta, no ofício, que o início da campanha eleitoral, em agosto, irá resultar em “movimentação e aglomeração de pessoas não somente durante todo o período da campanha política, mas também no dia da população ir às urnas, momento que pode gerar uma grande multiplicação do contágio desta doença”.

“A crise provocada pelo coronavírus, com a consequente incerteza não somente sobre a extensão, mas também sobre a duração desta pandemia que tem vitimado milhares de pessoas em todo o mundo, tem gerado a paralisação de diversas atividades”, ressalta ainda o documento.

O líder do PSL não foi o único a recorrer ao TSE sobre as eleições. Constam, no sistema eletrônico do tribunal, pelo menos duas consultas sobre o tema.

Durante a sessão desta sexta-feira em que foi aprovado o decreto de calamidade pública por unanimidade, parlamentares aproveitaram para tocar no assunto. O senador Carlos Viana (PSD-MG), aproveitou fala em inédita sessão remota da Casa para levantar o tema.

“Quero aqui também, senhor presidente, colocar a todos os pares do Senado, já há um primeiro pensamento sobre a possibilidade de nós adiarmos as eleições de outubro”, disse.


“É claro que essa é uma decisão ainda prematura, mas que precisa começar a fazer parte das nossas discussões, em primeiro lugar pelo calendário que ora já está valendo e que pode ser muito prejudicado pelas quarentenas com o cancelamento das reuniões”, argumentou, acrescentando ser necessário que o ministro Roberto Barroso, próximo a assumir o comando da Justiça Eleitoral, inicie uma avaliação sobre a possibilidade.

 

 

Fonte: O Liberal, por Reuters