sábado, 23 de novembro de 2024

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Operação da Polícia Federal ataca o garimpo ilegal em terras indígenas no Pará

Segunda fase da operação Bezerro de Ouro desmontou três grandes garimpos, em três áreas distintas, que causaram um prejuízo financeiro superior a R$ 8 milhões e incalculável ao meio ambiente
Áreas desmatadas para o garimpo na TI Munduruku é imensa e ainda não calculada totalmente. (Foto: PF Santarém / Divulgação)

Três grandes garimpos, situados na Terra Indígena (TI) Munduruku, foram encerrados pela Polícia Federal. Na sexta-feira (25), a Polícia Federal deflagrou a segunda etapa da operação Bezerro de Ouro, no município de Jacareacanga. A ação faz parte da operação Verde Brasil II, coordenada pelas Forças Armadas, que combate atividades econômicas ilegais em TIs e biomas protegidos pela legislação atual.

Foram quatro dias de operação. As ações foram executadas por 30 policiais federais e apoio logístico da Força Aérea Brasileira e do Exército Brasileiro. Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também participaram da operação Bezerro de Ouro II. Havia fiscalização de indígenas da etnia Munduruku. Em nota, a PF disse que a população recebeu muito bem os agentes.

PF reforça: garimpo em terras indígenas e outras áreas protegidas ainda é ilegal no Brasil. (Foto: PF Santarém / Divulgação)

Os resultados finais da operação apontam a inutilização de 20 maquinários de garimpos, entre pá carregadeiras (PC), tratores e outros. A PF estima um dano de ambiental de aproximadamente R$ 8 milhões, num período de seis meses. Mas esse é apenas o dano financeiro estimado. Os danos ambientais nem sempre são reversíveis.

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As investigações foram feitas com o auxílio do sistema de monitoramento remoto, contratado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O programa Brasil M.A.I.S possibilita o acesso a imagens de alta resolução e alertas diários de detecção de mudanças ambientais com acompanhamento por satélite. Isso permitiu permitiu a rápida localização das áreas de exploração ilegal.

Ainda na nota, a PF informou que “…a legislação brasileira não permite a obtenção de lavras garimpeiras dentro de áreas demarcadas como Terra Indígena. Dessa forma, os garimpos dentro de tais áreas, como os alvos dessa operação, são considerados ilegais”.

Na segunda etapa da Bezerro de Ouro, foram destruídas 20 máquinas usadas no garimpo ilegal, algo que ainda é previsto em lei também. (Foto: PF Santarém / Divulgação)

Na primeira etapa da Bezerro de Ouro, deflagrada no dia 6 de agosto deste ano, a Polícia Federal em Santarém cumpriu seis mandados de Busca e Apreensão e Sequestro de Bens contra um grupo apontado como um dos principais atuantes no garimpo ilegal na região.

(Da Redação Fato Regional, com informações da Polícia Federal)