sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Instituto Evandro Chagas confirma variante Delta do coronavírus no Pará

Paciente veio dos Estados Unidos e foi internado em Belém no dia 27 de julho. O paciente teria se recusado a tomar vacina no país de origem.
Foto: Reprodução.

O Instituto Evandro Chagas (IEC), órgão ligado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), confirmou, na noite desta quinta-feira (5), que um caso da variante Delta do coronavírus foi confirmado no Pará. No dia 30 de julho de 2021, a instituição recebeu amostras de dois casos confirmados de covid-19, suspeitos de infecção pela variante Delta do SARS-CoV-2. As amostras foram enviadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Pará (Lacen) para o sequenciamento genômico que confirmaria a presença da variante.

 

As amostras são de dois pacientes que vieram de uma cidade na Flórida, nos Estados Unidos. Eles tiveram passagem por um aeroporto de São Paulo. Fizeram escala e chegaram em Belém no dia 18 de julho de 2021. Sendo que um deles foi internado no dia 27, quando foi notificado o caso à Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) de Belém. A investigação começou imediatamente e seguiu todos os procedimentos padrões. Há suspeitas de que um dos pacientes, que é estadunidense, teria se recusado a tomar a vacina contra covid-19 no país de origem. A outra paciente é paraense.

O governador Helder Barbalho (MDB) informou que a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) foi comunicada pelo IEC sobre a confirmação da variante Delta. “A paciente de 26 anos é de Belém e veio dos Estados Unidos. A Sespa está monitorando o cenário epidemiológico e reforça a importância da vacinação e que todos continuem mantendo o uso de máscara”.

A paciente encontra-se em isolamento domiciliar e apresenta quadro leve. O companheiro dela é que segue internado. Imediatamente após o recebimento das amostras no Instituto Evandro Chagas, foi iniciado o processamento. Dada a importância que a variante Delta do SARS-CoV-2 apresenta atualmente no cenário da saúde pública mundial, o IEC deu prioridade aos exames necessários.

“Na tarde desta quinta-feira (5/8), por meio das análises finalizadas pelo IEC, foi possível confirmar a presença da variante Delta em uma das amostras encaminhadas para a instituição. Atualmente, esta linhagem tem sido responsável pelo aumento de casos de covid-19 em diversos países no mundo, após sua emergência na Índia e classificação pela Organização Mundial da Saúde como sendo uma variante de preocupação (VOC-Variant of Concern), devido apresentar características em seu genoma que lhe conferem maior transmissibilidade”, informou o IEC em nota.

Ainda por nota, o IEC informou: “A fim de minimizar o impacto da circulação das variantes do SARS-CoV-2 na população, a instituição reforça as estratégias de contenção, as quais já se iniciaram a partir da suspeita pelas equipes de Vigilância Epidemiológica da DVS municipais e estadual, cumprindo etapas do Monitoramento de todos os contatos levantados pela investigação ainda em andamento. O IEC reforça também as medidas ainda necessárias de adesão da comunidade à vacinação, assim como às medidas de proteção, como o uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos”.

Quando o caso suspeito foi anunciado, o diretor de Vigilância a Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), Cláudio Salgado, explicou que a equipe acompanhava o caso. A Sesma estava fazendo o rastreamento dos contatos feitos pelo casal antes do isolamento.


“Enquanto nós aguardamos o resultado, nós traçamos todo o perfil do casal e o que foi que eles fizeram desde que chegaram no aeroporto de Belém. Foram vários contatos, com várias pessoas, foram a clínicas, restaurantes, hotéis… Já estivemos em praticamente todos esses lugares conversando com as pessoas e instituições e cumprindo todo o protocolo necessário para identificar pessoas que estejam apresentando sintomas, após o contato com esse casal, e assim proceder com o bloqueio epidemiológico necessário”, ressaltou  Salgado, naquele primeiro momento.

 

Fonte: O Liberal