Um dia após o final do prazo para a saída voluntária de famílias que moram na Extensão Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que a operação de desintrusão terá uma pausa. No entanto, a operação não foi cancelada ou suspensa indefinidamente. A pausa será para reavaliação das próximas etapas. A expectativa é de que uma definição seja anunciada na semana que vem.
À Folha de São Paulo, a Assessoria de Comunicação da Operação de Desintrusão da Apyterewa — que parou de responder aos contatos do Fato Regional por e-mail e por WhatsApp —informou que a saída voluntária das famílias que ocupam a área continua. A pausa na operação não deve ser entendida como uma mudança no entendimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de demarcar os 774 mil hectares de terra para o povo indígena Parakanã.
“O planejamento todo está sendo feito para que o processo se dê com tranquilidade, pacificamente, evitando conflitos e garantindo o cumprimento da decisão judicial do STF”, diz nota da operação. As reuniões para decidir os próximos passos da desintrusão serão com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (do ministro Flávio Dino), a Secretaria-Geral da Presidência da República (com o ministro Rui Costa) e o Ministério dos Povos Indígenas (da ministra Sônia Guajajara).
A representantes do povo Parakanã — que atualmente tem cerca de 1 mil indígenas vivendo na Apyterewa — o Governo Lula já confirmou que a operação de desintrusão segue. As força de segurança presentes em São Félix do Xingu deverão permanecer nas bases, mas não forçar a saída devido ao final do prazo de saída voluntária. Os agentes vão aguardar novas instruções, mas vão evitar que as famílias que já saíram retornem.
(Da Redação do Fato Regional. Reprodução somente após autorização)
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