segunda-feira, 25 de novembro de 2024

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Deputado Torrinho anuncia movimento ‘SOS Apyterewa’ na Alepa e mobiliza esforços de atendimento às famílias alvos da desintrusão

Em discurso na tribuna da Alepa nesta terça-feira (07/10), Torrinho pediu união de todos os parlamentares, de todos as ideologias políticas, que se unam para atender às pessoas expulsas da Apyterewa num esforço conjunto com a prefeitura de São Félix do Xingu
Torrinho defende um novo estudo da área, destinando 260 mil hectares aos produtores rurais, dos atuais 774 mil hectares da área da Apytrerewa, deixando todo o resto para os indígenas (Foto: Fato Regional)

O deputado Torrinho Torres (Podemos) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) para anunciar o movimento “SOS Apyterewa”. A proposta é mobilizar esforços de todos os parlamentares — de Esquerda e de Direita — para criar um mutirão de serviços e atendimentos às famílias expulsas da área, palco de uma operação de desintrusão. A ação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está sendo cumprida pelo Governo Federal.

Torrinho argumentou que é dever dos deputados da Alepa fazer algo quando a vida de um paraense sequer está em risco. Por isso disse que contava com o apoio dos parlamentares de todas as ideologias da casa para ajudar a prefeitura de São Félix do Xingu a acolher as pessoas. Entidades representativas dos trabalhadores rurais da Apyterewa dizem ser cerca de 3 mil famílias. O STF não reconhece esse número e conta com uma ação do Incra para mapear completamente que estava na área.

Na proposta de Torrinho, a Alepa pode criar uma grande comissão para levar alimentos, água potável, itens de higiene, serviços sociais e atendimentos médicos e psicológicos. E ainda, evitar que as crianças que estão sem aulas, após o fechamento das escolas rurais que existiam nos povoados da Apyterewa, sejam mais prejudicadas. “O que me fez entrar para a política foi ajudar a resolver os problemas do sul e sudeste do Pará, região onde moro com a minha família”, jusitificou.

“Ver a casa onde se construiu uma vida ser deixada para trás deve ser devastador. Mas nada se compara à angústia de ver seus animais e sua produção serem entregues à morte, agonizando e apodrecendo nas estradas. É uma ferida que nunca vai cicatrizar no coração de um produtor rural. Onde estão os ativistas dos direitos humanos e dos animais? Estão todos calados. Mas vamos nos unir, sem briga e sem discussão, para ajudar quem precisa”, declarou.

Ai final, Torrinho disse que conta com o apoio do Governo do Pará para que o movimento “SOS Apyterewa” tenha êxito, já que o próprio governador Helder Barbalho (MDB), como lembrou Torrinho, se uniu a uma comissão para tentar, junto ao Governo Federal, encontrar uma solução para que a desintrusão, determinada pelo STF, não fosse cumprida da forma que está sendo. A área de 774 mil hectares será destinada à vivência exclusiva do povo indígena Parakanã (atualmente com cerca de 1 mil indígenas) e à preservação ambiental.

(Da Redação do Fato Regional)


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