Pela segunda vez desde 2022, a escola municipal Paulo Anacleto, na zona rural de Anapu, sudoeste do Pará, é alvo de um incêndio criminoso. O estabelecimento fica no projeto de assentamento (PA) Irmã Dorothy Stang, uma área cercada de intensas disputas por terra, como aponta o Ministério Público Federal (MPF), que acionou a Delegacia Especializada em Conflitos Agrários e Meio Ambiente (Deca), da Polícia Civil, para investigar o caso.
O caso teria ocorrido na noite do dia 10 de janeiro. Os moradores relataram ao MPF e à Polícia Civil que um drone foi avistado sobrevoando a área. Mais tarde, um grande foco de incêndio foi visto e na área da escola municipal Paulo Anacleto. O estabelecimento, gerido pela Prefeitura de Anapu, atende às crianças da comunidade e também a alguns trabalhadores rurais jovens e adultos. A estrutura era toda em madeira, sendo totalmente consumida pelo fogo.
No incêndio, foram perdidos mobiliário e material didático. Recentemente, a escola estava passando por reformas para ser toda em alvenaria. Pelos relatos da comunidade, um drone também havia sido visto em 2022, quando a escola havia sido incendiada da primeira vez. Para o MPF e a Polícia Civil, há fortes indícios de que os dois incêndios foram motivados por conflitos agrários na região.
Nesta terça-feira (16), policiais da Deca e da Polícia Científica do Pará foram ao local para analisar as ruínas da escola e colher depoimentos. Um inquérito foi instaurado para investigar o incêndio que, na avaliação da Polícia Civil e do MPF, é criminoso pelos indícios iniciais. As investigações estão em curso para identificar quem cometeu o crime, que não apenas causou danos ao patrimônio público, mas também prejudicou 73 famílias que compõem a comunidade escolar da escola municipal Paulo Anacleto, de Anapu.
(Da Redação do Fato Regional)
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