sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Energia elétrica usada em operações da Vale no Brasil foi 100% de fontes renováveis em 2023

O atingimento da meta significa que a Vale zerou as emissões indiretas de CO2 no Brasil, que correspondem ao escopo 2. A empresa ainda tem o desafio de alcançar 100% de consumo de energia renovável em suas operações globais até 2030. No momento, esse indicador está em 88,5%.
O início da operação do complexo solar Sol do Cerrado foi o que garantiu o atingimento da meta. O complexo representou um investimento de R$ 3 bilhões da Vale e é um dos maiores parques de energia solar da América Latina, com potência instalada de 766 Megawatts-pico, o equivalente ao consumo de uma cidade de 800 mil habitantes (Foto: Divulgação / Vale)

A Vale comunicou que, em 2023, toda a energia elétrica utilizada nas operações no Brasil foi proveniente de fontes renováveis, como usinas hidrelétricas, eólicas e solar. Com isso, a empresa atingiu a meta de ter 100% de consumo de energia elétrica renovável no país dois anos antes do prazo previsto, que era 2025. A informação é destaque na edição de 2023 do Relato Integrado, que traz também outros avanços ambientais, sociais e de diversidade da empresa.

O atingimento da meta significa que a Vale zerou as emissões indiretas de CO2 no Brasil, que correspondem ao escopo 2. A empresa ainda tem o desafio de alcançar 100% de consumo de energia renovável em suas operações globais até 2030. No momento, esse indicador está em 88,5%.

“Estamos anunciando um marco importante na estratégia de descarbonização da Vale, que busca reduzir em 33% suas emissões de CO2 de escopos 1 e 2 (diretos e indiretos) até 2030 e zerar suas emissões líquidas até 2050. Ao mesmo tempo em que avançamos nas nossas metas, ajudamos a tornar a matriz energética do Brasil ainda mais limpa, contribuindo para a luta da sociedade contra as mudanças climáticas”, explica a diretora de Energia e Descarbonização, Ludmila Nascimento.

O início da operação do complexo solar Sol do Cerrado, em novembro de 2022, em Jaíba (MG), foi o que garantiu o atingimento da meta. O complexo representou um investimento de R$ 3 bilhões da Vale. É um dos maiores parques de energia solar da América Latina, com potência instalada de 766 Megawatts-pico, o equivalente ao consumo de uma cidade de 800 mil habitantes. Em julho de 2023, o complexo atingiu a capacidade máxima. A contribuição potencial é de cerca de 16% de toda a energia elétrica consumida pela Vale no Brasil.

O caminho rumo ao consumo 100% renovável começou a ser traçado pela Vale ainda na década de 1990, quando a empresa adquiriu suas primeiras usinas hidrelétricas. Hoje, a Vale garante ser suprida por um portfólio de energia renovável de 2,6 GW de capacidade instalada, o equivalente ao consumo de mais de 3 milhões de habitantes. São 14 ativos detidos por meio de participação direta e indireta em consórcios e empresas (dez usinas hidrelétricas, três eólicas e o Sol do Cerrado). Se fosse uma geradora de energia, a Vale seria a 15ª maior do país.

Busca de combustíveis alternativos e biocarbono são metas do Escopo 1

A Vale também trabalha para reduzir suas emissões diretas, relativas ao escopo 1. Nas minas e ferrovias, onde hoje há um consumo intensivo de diesel (um combustível fóssil), a empresa estuda a adoção de combustíveis alternativos, como o etanol para caminhões e a amônia verde para locomotivas. Já nos fornos de pelotização, a estratégia é a substituição de antracito, um tipo de carvão mineral, por biocarbono, feito a partir da carbonização da biomassa, de zero emissão.

No ano passado, a Vale assinou um acordo com a Wabtec para fornecimento de três locomotivas elétricas e o início de estudos para o desenvolvimento de um motor de locomotiva movido a amônia verde. A empresa também produziu pela primeira vez pelota com 100% de biocarbono em um teste industrial.

O Relato Integrado 2023 trouxe mais destaques ambientais, sociais e de diversidade, entre outros temas:

  • 165 mil hectares de florestas protegidos em parceria com unidades de conservação públicas e em projetos de REDD+ (Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal).
  • Apoio à recuperação de mais de 5 mil hectares de áreas, por meio dos negócios de impacto positivo.
  • 2023 terminou com um aumento de mais de sete mil mulheres na força de trabalho em relação ao ano-base 2019. Já o número de mulheres em posição de liderança sênior aumentou 120% em comparação a 2019.
  • O piloto da metodologia da meta de longo prazo de combate à pobreza extrema envolveu 30 mil pessoas, essencialmente no Pará e Maranhão. A Vale tem a meta de retirar 500 mil pessoas da extrema pobreza até 2030.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Vale)


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