O presidente Lula (PT) participou de um ato alusivo ao 1º de maio, Dia do Trabalhador, em São Paulo. Era de se esperar. No evento que teve patrocínio da Petrobras, ele fez anúncios positivos, como análises sobre aumento de pessoas empregadas e com carteira assinada, melhoria da economia, controle da inflação e a sanção da isenção do imposto de renda para quem recebe até dois salários mínimos. Mas um possível crime eleitoral ofuscou tudo isso.
Em meio aos discursos, Lula se empolgou ao falar da história do Partido dos Trabalhadores, dos políticos da legenda e acabou fazendo campanha antecipada para Guilherme Boulos (PSOL-SP). Ele é pré-candidato a prefeito da capital paulista nas eleições de outubro deste ano. Com razão, opositores apontaram o suposto crime eleitoral e já se mobilizam para denúncias junto à Justiça Eleitoral.
“Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, disse Lula.
Diante da repercussão do péssimo exemplo dado pelo presidente da República, o Governo Federal retirou as mídias do discurso de todos os canais oficiais de comunicação nas redes sociais. Se adiantou a uma medida que seria determinada pela Justiça Eleitoral. No entanto, a probabilidade de Lula ter de pagar uma multa pelo ato falho que já foi cometido de formas semelhantes pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são altas.
Resta aguardar a decisão da Justiça Eleitoral de decidir se Lula realmente cometeu crime eleitoral com o discurso.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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