domingo, 3 de novembro de 2024

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Retirada de 6 mil cabeças de gado em área embargada na Floresta Nacional do Jamanxim é iniciada; bois serão doados ao RS

Cerca de 3 mil cabeças de gado já foram retiradas da área embargada que fica dentro da terra protegida da Floresta Nacional do Jamanxim. Diante dos protestos e tensões na região, o prefeito de Novo Progresso e o governador Helder Barbalho terão uma reunião com o Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira (23).
Aas 6 mil cabeças de gado estão em áreas preservadas há mais de 18 anos na Flona do Jamanxim e serão doados para o programa de reconstrução do Rio Grande do Sul (Foto: ICMBio / Arquivo)

A operação para retirada de 6 mil cabeças de gado, que estão em áreas embargadas, na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, foi iniciada no final de semana. A proposta é doar os bois criados em pastagens irregulares para o programa de reconstrução do Rio Grande do Sul. As áreas embargadas ficam no território do município de Novo Progresso, na região Sudoeste do Pará.

Foram mobilizadas equipes do Ministério do Meio Ambiente, Polícia Federal, Força Nacional e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Flona do Jamaxim foi criada em 2006 e tem uma área total preservada de 1,3 milhões de hectares, que passam também pelo território de Altamira. Os dados do Governo Federal apontam que há pelo menos 200 mil cabeças de gado em terras protegidas, invadidas, e que tiveram “propriedades” embargadas.

Diante da tensão que escalou em Novo Progresso, o prefeito Gelson Dill (MDB) pediu ao governador Helder Barbalho que intercedesse junto ao Governo Federal para encontrar uma outra solução “mais pacífica” e que não causasse prejuízo aos criadores de gado em áreas irregulares. Uma reunião foi marcada para esta quinta-feira (23), no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília.

Em meio ao início da operação, os criadores de gado alvos da ação resistiram com protestos e destruição de pontes. Não há indicativos de prisão ou feridos. Levantamento feito pelo site Folha do Progresso aponta que cerca de 3 mil das 6 mil cabeças de gado previstas já foram retiradas.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Folha do Progresso)


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