Uma adolescente se apresentou à Polícia Civil e disse ter sido a responsável pela morte do comerciante Wanderson Melo, em Bannach, no sul do Pará. Ela estava acompanhada de um advogado e do Conselho Tutelar. O comerciante foi morto com golpes de arma branca no dia 29 de julho, na localidade Pista Branca.
Wanderson era dono de um bar em Bannach. A adolescente, supostamente, seria funcionária dele. Uma das teses de investigação da Polícia Civil — com base em testemunhas e pessoas próximas à vítima — era de que a adolescente teria matado o comerciante porque ele não teria aceitado ter um relacionamento com ela.
Outra linha de investigação que vem se consolidando é a de ato infracional equivalente ao crime de homicídio por suposta legítima defesa. Há indícios sendo analisados pela Polícia Civil de que Wanderson a teria agredido e ela teria reagido. Essa tese é questionada por familiares e amigos do comerciante porque alguns pertences, como o celular da vítima, que teria sido levados. A moça teria tentado entrar no aparelho.
Como se passaram 48 horas e não há mais situação de flagrante, a adolescente foi ouvida e entregue aos cuidados do Conselho Tutelar. A princípio, a adolescente — suspeita de outros atos infracionais — não será apreendida. Por enquanto ela fica em liberdade enquanto o inquérito não é concluído.
O nome da adolescente e imagens dela não podem ser exibidas em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente. A matéria original sobre o caso também foi editada. Legalmente, adolescentes não cometem crimes e sim atos infracionais. Apesar das mudanças, a moça, caso confirmada a responsabilidade, está sim passível de punição.
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(Da Redação do Fato Regional)