segunda-feira, 20 de maio de 2024

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CFM libera prescrição da cloroquina para pacientes com covid-19 em 3 casos

Conselho de Medicina diz que apesar de não ter evidência científica da eficácia, droga pode ser usada desde que paciente seja alertado dos riscos
Bolsonaro segurando uma caixa de hidroxicloroquina em live na noite de 9 de abril. (Foto: Reprodução / Facebook de Jair Bolsonaro)

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Dr. Mauro Ribeiro, disse, nesta quinta-feira (23) no Palácio do Planalto, que não existe nenhuma evidência científica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19.

O CFM, no entanto, em função de estudos observacionais, libera o uso da cloroquina para tratamento da covid-19 em três casos, desde que haja consentimento do paciente e que médico alerte sobre a eficácia não comprovada e efeitos colaterais já observados do uso do remédio.

Ribeiro apresentou o posicionamento do conselho ao presidente Bolsonaro, ao ministro da Saúde, Nelson Teich e outros ministros palacianos.

“O posicionamento é que não existe nenhuma evidência científica forte que sustente o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. É uma droga amplamente usada para outras doenças há 70 anos, mas para covid não tem ensaio clínico prospectivo randomizado feito por pesquisadores e publicado em revistas importantes que aponte para benefício de uso da hidorxicloroquina para covid-19″.

 

 

Medicamento é usado no tratamento da malária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ribeiro citou estudos observacionais, de pouco valor científico, mas importantes usados para liberar o uso da hidroxicloroquina pelos os médicos brasileiros em 3 situações:

1) paciente crítico, internado em terapia intensiva já com lesão pulmonar estabelecida com reação inflamatória sistêmica. Todas as evidências são de que a hidroxicloroquina não tem nenhum tipo de ação nesse paciente, mas ela pode ser usada pelos médicos por uso compassivo, uso por
compaixão. Ou seja, o paciente está praticamente fora de possibilidade terapêutica e o médico com autorização dos familiares pode utilizar essa droga.


2) paciente chega com sintomas leves no hospital. Existe um momento de replicação viral e essa droga pode ser usada pelo médico desde que ele tenha o consentimento do paciente ou dos familiares, uma decisão compartilhada e o médico sendo obrigado a explicar para o paciente que não existe nenhuma evidência de benefício da droga e que a droga pode também ter efeitos colaterais importantes.

 

 

Fonte: Fonte R7