São Félix do Xingu, no Sul do Pará, foi contemplado com R$ 103 milhões em recursos do PAC para obras de um hospital materno-infantil de alto padrão. A gestão dos recursos e obras seriam tripartite (Município, Estado e União). Porém, com o argumento de distância, a Comissão Intergestores Regional do SUS (CIR), que congrega secretários municipais de saúde da Região de Integração do Araguaia, rejeitou a proposta. A prefeitura vai recorrer.
A primeira reunião da 12ª Regional da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) para tratar do tema ocorreu em abril deste ano. Porém, o projeto do hospital materno-infantil em São Félix do Xingu não chegou a entrar na pauta. O secretário municipal de Saúde solicitou uma reunião extraordinária à CIR. O novo encontro foi no dia 29 de maio, em Redenção. Por um motivo de saúde, o gestor não pôde comparecer. Se enviasse um representante, não teria poder decisório.
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“Por esse motivo, São Félix do Xingu não participou da votação. Os demais secretários membros da CIR votaram contra o projeto. Por qual razão fariam algo assim contra o município e contra a própria região, que iria receber um equipamento de alto padrão, com investimento de R$ 103 milhões em recursos do PAC? Estamos formulando um recurso para apresentar à Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que vai se reunir no próximo dia 20, para tentar reverter essa decisão”, declarou o prefeito João Cleber (MDB).
O prefeito de São Félix do Xingu ressaltou que o equipamento teria porte não só para atender às demandas do município, que tem a maior população do Sul do Pará, como também dos demais 14 municípios da Região de Integração do Araguaia.
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Pela ata da reunião e segundo fontes da 12ª Regional da Sespa, havia 9 secretários presentes. E os presentes avaliaram que o equipamento ficaria muito distante. E após esse investimento, o Ministério da Saúde não abriria tão cedo uma oportunidade como essa para a região. Os outros municípios foram contemplados com recursos para outros projetos diferentes.
“Fiquei muito triste e indignado com essa situação. Chamei também os vereadores de São Félix do Xingu, vou provocar o Ministério Público do Estado do Pará e a subseção da OAB. Nossa maternidade, atual, é muito pequena. Por mês, nascem de 100 a 120 crianças por mês. É uma demanda alta. Jamais poderíamos ficar calados numa situação dessa. A população pode ficar tranquila porque vamos defender essa proposta”, concluiu o prefeito João Cleber.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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