Após 38 anos, Raimundo Nonato de Souza, condenado pela chacina da Fazenda Ubá, em São João do Araguaia, sudeste do Pará, foi preso nesta quarta-feira (18). O caso ocorreu em 1985, quando 8 pessoas foram torturadas e assassinadas na ocupação de uma propriedade alvo de disputas judiciais e conflitos agrários. Entre as vítimas estava uma mulher grávida. O investigado, preso pela Polícia Civil em Novo Repartimento, recebeu pena de 199 anos de prisão.
As vítimas da chacina foram João Evangelista Vilarina, Francisca Pereira Alves, Januário Ferreira Lima e Luiz Carlos Pereira de Souza foram mortos no dia 13 de junho de 1985. Cinco dias depois, dia 18, mais três agricultores, José Pereira da Silva (o Zé Pretinho), Valdemar Alves de Almeida e Nelson Ribeiro também foram executados, além de uma mulher não identificada à época. Eles foram mortos a mando de José Edmundo Ortiz Vergolino, preso em 2019 e condenado a 152 anos de prisão.
Após o caso ganhar repercussão internacional, o Brasil e o Pará foram condenados pela Comissão Internacional dos Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), e obrigados a dar uma solução ao caso. José Edmundo era dono da fazenda de 43 mil metros quadrados de área, palco da chacina. Raimundo Nonato (preso nesta quarta-feira) e Valdir Pereira de Araújo foram considerados os executores. Valdir, também condenado a 199 anos, nunca foi preso.
(Da Redação do Fato Regional)
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