sexta-feira, 22 de novembro de 2024

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Duas pessoas são presas no Pará por venda de cartões de vacina falsos; veja vídeos

Os cartões eram legítimos e dos sistemas de saúde do Suriname e do Brasil e seriam usados para comprovar a vacinação contra febre amarela para entrar no país estrangeiro
Ao todo, quatro pessoas são investigadas, mas somente duas tinham provas suficientes para comprovar o flagrante, como documentos e dinheiro (Foto: Polícia Federal)

A Polícia Federal prendeu duas pessoas por venda de cartões de vacinação falsos do Sistema Único de Saúde do Brasil e do sistema de saúde do Suriname. A ação fez parte da operação “Voucher”, iniciada na noite desta quarta-feira (23) e que se estendeu até a manhã desta quinta-feira (24), no Aeroporto Internacional de Belém. Com os suspeitos, foram apreendidos cerca de R$ 50 mil, mais U$ 4,2 mil, aparelhos celulares e passaportes de terceiros.

Cada cartão de vacina, como aponta a PF, era vendido entre R$ 400 e R$ 500. Os compradores eram passageiros que iam de Belém a Paramaribo, no Suriname, país que exige vacina para febre amarela, na entrada. Os cartões de vacinação apreendidos eram originais, supostamente comprados pelos suspeito por R$ 100. Neles, inseriam dados falsos, ou seja, com nome de pessoas que não se vacinaram, mas pagaram para obter o documento e poder entrar no Suriname.

O Suriname exige comprovação de vacinação contra febre amarela para ingresso no país e a organização criminosa vendia os cartões para quem quisesse viajar para o país (Foto: Polícia Federal)

Após três meses de monitoramento, o Núcleo de Polícia Aeroportuária da PF chegou a quatro pessoas que se diziam despachantes, mas não tinham credenciais para trabalhar no aeroporto. Outra dupla é investigada por associação criminosa, mas permanece em liberdade; um deles, porém, já havia sido preso por lavagem de dinheiro. Os quatro continuam sob investigação, assim como outras pessoas que participaram no crime.

Todos foram ouvidos pelo delegado que dirige o caso, mas só dois deles tiveram provas suficientes para realização do flagrante: um taxista e uma mulher, abordados dentro do táxi, onde estava todo material que foi apreendido. Os presos responderão na Justiça por associação criminosa, promoção de imigração ilegal e documento falso, com penas que podem chegar a 11 anos de prisão. O taxista já havia sido preso em Recife (PE), por transporte ilegal de dinheiro.

(Da Redação do Fato Regional)


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