O empresário paraense George Washington de Oliveira Sousa, preso por planejar e tentar executar um atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022, é a segunda testemunha convocada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro deste ano. Ele começou a ser ouvido nesta quinta-feira (22) por deputados federais e senadores.
Chegando ao plenário, às 16h30, George passou à condição de investigado. Com isso, ganhou o direito de ficar em silêncio em determinados questionamentos. Em quase todos os questionamentos da relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ele repetiu a frase “Permanecerei calado”
“Pretende-se que as nossas atividades se iniciem com a dissecação dos fatos que norteiam duas importantes datas, consubstanciadas em oitivas e requerimentos de informações, a partir das quais se espera, como natural desdobramento, a investigação dos demais fatos elencados no requerimento que embasou a instauração desta CPMI. […] Pensa-se que o senhor George trará informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos”, justifica o texto do requerimento da senadora Eliziane Gama.
George Washington foi preso no dia 24 de dezembro de 2022. Ele armou explosivos em um caminhão-tanque de combustível para causar uma explosão nos arredores do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, tentando desestabilizar o cenário nacional e provocar o Governo Federal a convocar um estado de sítio e estabelecer uma Garantia de Lei e da Ordem (GLO).
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Antes do depoimento, pela manhã e início da tarde, os parlamentares ouviram delegados e peritos da segurança pública do Distrito Federal. As autoridades confirmaram que o dispositivo explosivo foi acionado, mas falhou. Pelas análises, a explosão teria potencial letal para pessoas num raio de 300 metros e vários danos por conta do fogo.
Os policiais conseguiram chegar a George após informações do motorista do caminhão e imagens de segurança, além de depoimentos de outras pessoas. Na abordagem, o empresário paraense já reconheceu que tinha armas e bombas no apartamento onde estava. Ele disse ter saído de Xinguara, no sul do Pará, onde tem empresas, rumo a Brasília num veículo próprio.
(Da Redação do Fato Regional)
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