sábado, 7 de setembro de 2024

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Energia fica mais cara no Pará a partir de agosto; estado tem a tarifa mais alta do Brasil

O aumento que consumidores paraenses vão sentir na conta de energia em agosto é resultado do acionamento da 'bandeira amarela' (sinal de que a geração de energia ficou mais cara) e o reajuste tarifário anual, que tem agora como data-base o dia 7 de agosto. Tarifa da Equatorial Pará é a mais cara do país.
A energia do Pará deve ficar mais cara em agosto por conta da nova bandeira tarifária e do reajuste anual, justamente num período de muito calor e aumento do consumo de energia (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil / Imagem Ilustrativa)

O calor no Pará já ficou muito mais intenso. Não há quem passe o dia sem ligar o ventilador ou ar condicionado. Para piorar, a partir de agosto, os consumidores da Equatorial vão ver as contas de luz ficarem mais caras. Um dos motivos é o acionamento da bandeira amarela, que indica que o custo de geração de energia no Brasil ficou mais caro. O outro é o reajuste tarifário anual, que tem como data-base o dia 7 de agosto.

Desde abril de 2022, o Brasil estava em bandeira tarifária verde, que indica que os custos de geração de energia estavam dentro da normalidade. O acionamento da bandeira amarela se dá pela redução do volume de chuvas e consequente redução da capacidade das hidrelétricas, associado ao aumento do consumo geral do país. E assim, a cada 100 quilowatts/hora consumidos (kW/h), haverá aumento de R$ 1,88 na conta.

Após várias reuniões entre o Governo do Pará e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2023, o órgão regulador, que é quem define a tarifa de energia, reduziu em cerca de 50% os aumentos que estavam previstos para o ano passado. Mesmo assim, isso não impediu que o estado, o segundo maior produtor de energia do país, ficasse com a tarifa mais cara.

Em 2023, o reajuste anual ficou em 9,89% (média entre os consumidores de baixa e alta tensões). Isso após várias intervenções do Governo do Pará para evitar o reajuste médio de 18,55% que seria feito pela Aneel. O governador Helder Barbalho chegou a dizer que não era o suficiente, mas o órgão regulador não diminuiu mais nada. Às vésperas da data-base de revisão tarifária anual, não há definição de quanto será o aumento deste ano.

“Em relação ao reajuste tarifário, esclarecemos que, conforme contrato de concessão para prestação do serviço público de energia elétrica, a definição do reajuste tarifário pela Aneel ocorre anualmente no aniversário do contrato, que no caso do Pará se dá em agosto. Neste contexto, a Equatorial Pará informa que a Aneel ainda não definiu o índice de reajuste tarifário para clientes do Pará”, diz nota da Equatorial.

O Fato Regional entrou em contato com a Aneel para saber se já há alguma definição sobre o reajuste tarifário anual no Pará e aguarda retorno.

Veja o ranking das tarifas de energia elétrica por estado, segundo o Poder 360 e Portal Solar:

  1. Pará: R$ 0,962/kWh
  2. Mato Grosso: R$ 0,883/kWh
  3. Mato Grosso do Sul: R$ 0,880/kWh
  4. Alagoas: R$ 0,866/kWh
  5. Piauí: R$ 0,854/kWh
  6. Rio de Janeiro: R$ 0,840/kWh
  7. Amazonas: R$ 0,835/kWh
  8. Acre: R$ 0,828/kWh
  9. Bahia: R$ 0,808/kWh
  10. Distrito Federal: R$ 0,766/kWh
  11. Pernambuco: R$ 0,764/kWh
  12. Tocantins: R$ 0,756/kWh
  13. Minas Gerais: R$ 0,751/kWh
  14. Ceará: R$ 0,744/kWh
  15. Roraima: R$ 0,735/kWh
  16. Maranhão: R$ 0,719/kWh
  17. Rondônia: R$ 0,709/kWh
  18. Goiás: R$ 0,711/kWh
  19. Espírito Santo: R$ 0,696/kWh
  20. Rio Grande do Sul: R$ 0,691/kWh
  21. Rio Grande do Norte: R$ 0,689/kWh
  22. São Paulo: R$ 0,680/kWh
  23. Sergipe: R$ 0,651/kWh
  24. Paraná: R$ 0,639/kWh
  25. Paraíba: R$ 0,602/kWh
  26. Santa Catarina: R$ 0,593/kWh

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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