segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Governo do Brasil critica processo eleitoral na Venezuela e recebe reação de Maduro: ‘parece ditado pelos Estados Unidos’

Marcando um posicionamento firme na defesa da democracia nas Américas, o Governo Federal, através do Itamaraty, criticou a falta de explicações para denúncias de possíveis problemas nas eleições venezuelanas, como o fato de a principal opositora a Nicolás Maduro informar que não consegue registrar a candidatura
Apesar de a relação entre Lula e Maduro ser cordial e alvo de críticas de opositores ao petista, o governo não 'passou pano' para as suspeitas sobre as eleições venezuelanas (Foto: Ricardo Stuckert / PR / Arquivo / Imagem Ilustrativa)

Diferente do que muita gente pensa, não é porque o presidente Lula (PT) tem uma relação cordial com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que o país vai “passar pano” para as denúncias e suspeitas que pairam sobre as eleições da Venezuela. Através do Itamaraty, o Governo Federal se posicionou na defesa da transparência e da defesa da democracia nas Américas. No entanto, o comunicado não foi tão bem visto e recebeu uma reação do país aliado.

“[O Brasil] observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”, diz trecho do comunicado do Itamaraty publicado nesta terça-feira (26). Horas depois, à noite, veio a resposta do governo Maduro e com um tom quase de teoria da conspiração e pouco amigável.

Para o governo de Maduro, o posicionamento do Brasil foi “intervencionista, nebuloso e parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”. A nota é assinada pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela. E na prática, na segunda-feira (25), encerrou o prazo para que os candidatos a presidente da Venezuela nas eleições, que vão ocorrer em 28 de julho, se candidatarem. A principal frente de oposição não conseguiu protocolar o nome da candidata Corina Yoris.

O Itamaraty informou que não vai rebater as críticas. O Acordo de Barbados prevê, entre outros pontos, a realização de eleições na Venezuela em 2024 e a libertação de opositores presos.

Confira o trecho mais crítico da resposta venezuelana ao Brasil:

“O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia a declaração cinzenta e intrometida, redigida por funcionários do Itamaraty, que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, onde são emitidos comentários carregados de profunda ignorância e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”, diz o comunicado.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações do G1)


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