quinta-feira, 9 de maio de 2024

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Pará obtém título de ‘Zona Livre da Febre Aftosa sem Vacinação’ após 20 anos

A última campanha de vacinação contra febre aftosa será de 1 a 30 de abril e a comprovação da vacinação deve ser enviada à Adepará até 15 de maio. A vacinação final será fundamental para garantir o processo de descontinuação da vacina, algo que vai ampliar as possibilidades de mercado para a pecuária paraense.
Com o novo status sanitário, a pecuária paraense terá de manter a condição por um ano até o reconhecimento internacional para assegurar a abertura de novos mercados globais, mas já representa uma vitória para o setor produtivo (Foto: Adepará / Agência Pará)

Após 20 anos de trabalho, o Pará conquistou o status de “Zona Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação”. A condição foi estabelecida na portaria nº 665/2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), publicada no último dia 21. Para a pecuária paraense, que tem o 2º maior rebanho do Brasil — com 26 milhões de animais e tendo São Félix do Xingu como o maior rebanho nacional — é um marco que inicia o encerramento da vacinação obrigatória (atualmente com 98% de cobertura oficial) e a abertura de novos mercados. A última campanha de vacinação começa no dia 1º de abril.

A portaria entra em vigor a partir do dia 2 de maio, após a realização da última campanha de vacinação. O prazo para a última rodada de vacinação contra febre aftosa encerra no dia 30 de abril. Os produtores precisam ficar atentos ao novo calendário, pois não haverá prorrogação. O prazo para declarar a vacina é até o dia 15 de maio. O respeito e adesão a esse cronograma é fundamental para a descontinuação da vacina.

“É uma grande conquista alcançada pelo setor agropecuário. A Zona Livre de Aftosa Sem Vacina demonstra que o trabalho executado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) é extremamente eficaz. Além disso, os investimentos em reestruturação, capacitação técnica e desenvolvimento tecnológico amplificaram a atuação, aumentando, portanto a sensibilidade do serviço de defesa agropecuário no estado. Parabéns aos servidores e produtores rurais”, disse Jamir Macedo, Diretor Geral da Adepará.

A conquista do novo status sanitário possui recomendações especificas que são determinadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Além da antecipação da campanha final de vacinação, estão previstas vistoria e coleta de amostras de sangue de bovinos, para o estudo sorológico que constata a ausência da febre aftosa. Ao todo, 102 propriedades rurais localizadas em 55 municípios participarão do estudo. A expectativa é que devam ser colhidas amostras de sangue de 3.400 bovinos, com idades de até 24 meses.

A retirada da vacinação contra a febre aftosa já ocorreu em outros estados do Brasil e agora deve começar a ocorrer no Pará a partir de abril (Foto: Ascom Adepará / Agência Pará / Arquivo)

Após a etapa de vacinação, as vendas e aplicação de vacina contra febre aftosa estarão proibidas no Pará. A partir do dia 1° de maio, haverá restrição de entrada de animais vacinados, assim as fiscalizações nas revendas e do trânsito agropecuário serão intensificadas pela Adepará. O estado precisa ficar um ano sem vacinação e sem receber animais vacinados. Assim, o status internacional de zona livre da febre aftosa sem vacina será obtido.

“Até a portaria entrar em vigor, precisamos seguir os demais protocolos que é a última etapa de vacinação, de 1º a 30 de abril, declarações até o dia 15 de maio e a sorologia de estudos epidemiológicos, que já está acontecendo em algumas propriedades escolhidas. Tudo isso é um alcance de um sucesso de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Agência de Defesa por meio do Serviço Oficial Veterinário e também, do compromisso dos produtores que nos auxiliam e abraçam a causa, colaborando e se preocupando com a saúde do seu rebanho”, ressalta George Santos, gerente do programa estadual de erradicação da febre aftosa.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)


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