Walter Delgatti Neto, o hacker que trabalhava com a deputada Carla Zambelli (PL-SP), é o próximo convocado a depor à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Delgatti foi preso nesta quarta-feira (2), na operação da Polícia Federal (PF) que investiga a suposta invasão de sistemas eletrônicos do judiciário.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI, afirmou que esse depoimento é importante para “…esclarecer como a deputada Carla Zambelli atuou de modo a questionar a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro nas eleições de 2022”. Zambelli é suspeita de pagar Delgatti para que ele invadisse o sistema do judiciário e hackeasse urnas eletrônicas. A parlamentar nega a acusação.
Delgatti, supostamente, também teria sido questionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se poderia invadir urnas eletrônicas. Os fatos ainda estão em investigação. A explicação para a convocação do hacker para a CPMI do 8 de Janeiro é saber se há como vincular a atuação da parlamentar e do ex-presidente à mobilização de pessoas que atacou a Praça dos Três Poderes em Brasília.
Os senadores e deputados também aprovaram a convocação de mais quatro pessoas:
- O fotógrafo da agência de notícias Reuters Adriano Machado, que transitava tranquilamente entre os golpistas durante o ataque
- a tenente-coronel da Polícia Militar (PM) Cíntia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança do Distrito Federal
- a policial militar Marcela da Silva Morais Pinno, promovida por “atos de bravura” ao tentar impedir os ataques de 8 de janeiro
- o sargento do exército Luís Marcos dos Reis, preso na operação que investigou a suposta fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro
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(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil)