O Instituto Evandro Chagas (IEC) — uma das mais respeitadas instituições de pesquisa do Brasil e do mundo — foi alvo da operação “Trypanosoma cruzi“, da Polícia Federal. As investigações começaram em 2019 e apontam fraude em licitação no valor de cerca de R$ 20 milhões. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Belém, nesta sexta-feira (15). Uma pessoa foi presa em flagrante.
Os mandados foram cumpridos em duas empresas e uma casa, onde foram apreendidos celulares, computador e documentos. Em um dos endereços, foram encontradas três armas de fogo: duas com registro vencido e uma ilegalmente. O investigado que possuía as armas – calibres 38, 380 e 9 milímetros — foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal no Pará, onde foi autuado em flagrante.
Pelas investigações, foi verificado um possível esquema de corrupção entre servidores do Instituto Evandro Chagas, do Pará, e uma empresa com sede no Ceará. Os crimes de corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro podem chegar a 26 anos de reclusão. O nome da operação, “Trypanosoma cruzi“, é uma alusão ao protozoário que causa a doença de Chagas.
“Com o apoio técnico da Controladoria Geral da União (CGU) e a realização de investigações, foram constatados fortes indícios de direcionamento à empresa vencedora da licitação, bem como a evolução patrimonial incomum por parte dos investigados. A licitação realizada pelo Instituto Evandro Chagas foi no valor de R$ 18.919.596,47, e, segundo os elementos de informação existentes no inquérito policial, cerca de 10% desse valor foi utilizado para o pagamento de propina”, diz nota da PF.
(Da Redação do Fato Regional)
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