Sete influenciadores digitais do Pará, muito conhecidos na Região Metropolitana de Belém e por todo o estado, são alvos da operação “Truque de Mestre”, deflagrada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (18). A ação tem o objetivo de investigar pessoas envolvidas na divulgação do jogo “Fortune Tiger”, que ficou conhecido no Brasil como “Jogo do Tigre”. O aplicativo é considerado ilegal no país e não poderia ter publicidade nas redes sociais da forma que é feito: prometendo ganhos fáceis e elevados.
A operação “Truque de Mestre” visa cumprir 12 mandados de prisão temporária (que têm prazo de até 30 dias) e 12 mandados de busca e apreensão. Sete pessoas foram presas logo pela manhã. Numa nota emitida pela Polícia horas após o início da ação, aponta que 20 pessoas foram conduzidas a delegacias por suspeita de envolvimento na divulgação de jogos de azar nas redes sociais. A Polícia Civil já identificou pelo menos R$ 25 milhões em movimentações feitas pelos influenciadores.
Entre os digital influencers alvos da operação estão Gleison Anderson (“Mago das Unhas”), Noelle Araújo e a mãe dela, Ingrid Silva, Lucas Lobo, Rayssa Berbary, Jessica Araújo e Jamilly de Pinho, como aponta a comunicadora Bruna Lorrane. A PC ainda não confirmou se todas as prisões foram feitas. Na operação, foram apreendidos cinco carros de luxo, duas motos, aparelhos eletrônicos e documentos que subsidiarão as investigações.
Para a Polícia Civil, que fez quatro meses de investigação, os influenciadores se valiam da quantidade de seguidores que tinham e apresentavam esses dados à plataforma de jogos de azar. E assim, recebiam valores vultuosos para divulgar o “Jogo do Tigre” / “Fortune Tiger”. No ato da prisão de um dos digital influencers investigados, informou a Polícia, ele teria recebido em instantes duas transferências nos valores de R$ 30 mil e R$ 20 mil.
Participaram da operação 14 equipes de policiais civis que compõem as delegacias e seccionais da Diretoria de Polícia Metropolitana (DPM) e da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), com mandados cumpridos em Belém Marituba, Ananindeua, Bragança e São Francisco do Pará. Por se tratarem de mandados de prisão temporária, a PC tem o prazo máximo de 30 dias para manter os suspeitos presos.
Os influencers e demais envolvidos podem responder por estelionato, lavagem de dinheiro, crimes contra o consumidor e organização criminosa. Um dos alvos do Pará está em outro estado e pode ser preso pela Polícia Federal.
(Da Redação do Fato Regional, com informações do Roma News e Bruna Lorrane)
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