quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Julgamento de Bolsonaro no TSE será concluído nesta sexta-feira (30/06); placar está 3×1 para condenar ex-presidente

Faltam Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Especulação nos bastidores do judiciário é que Bolsonaro deve ser condenado por maioria e o vice dele em 2022, Braga Netto, seja absolvido.
O ministro Raul Araújo foi contrário à condenação de Bolsonaro (Foto: Alejandro Zambrana / Ascom TSE)

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será retomado nesta sexta0-feira (30), às 12h. Será a quarta sessão e contará com os votos dos ministros Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Na terça-feira (27), após um voto de quase duas horas de duração, o relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, defendeu a condenação. Bolsonaro pode ficar inelegível até 2030.

Nesta quinta (29), votaram os ministro Raul Araújo (contra a condenação), Floriano de Azevedo Marques (a favor) e André Ramos Tavares (a favor). Com isso, o placar está 3 a 1 a favor da condenação. Nos bastidores, já é dada como certa a condenação de Bolsonaro por maioria.

O vice de Bolsonaro nas eleições de 2022, general Braga Netto, possivelmente será absolvido por maioria.

Por que Bolsonaro está sendo julgado no TSE?

Diferente do que muita gente pensa, a ação contra a chapa de Bolsonaro com o general Braga Netto não foi movida pelo PT ou outros partidos declaradamente de esquerda, mas sim pelo PDT de Ciro Gomes.

O alvo da ação é a reunião do ex-presidente Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, que foi transmitida. A inelegibilidade da chapa seria por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação.

No encontro que motivou a ação contra a chapa do ex-presidente, Bolsonaro colocou em dúvida a segurança das urnas e do processo eleitoral, mas sem apresentar provas.

O relator no TSE foi rígido no primeiro voto dos ministros, usando termos como “mentira” e “teorias conspiracionistas” que incitaram uma “paranoia coletiva”. Ele também incluiu a minuta do golpe, encontrado com o ex-ministro Anderson Torres e com o ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, no processo.

Leia mais, no Fato Regional:

O Ministério Público Eleitoral (MPE) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) deram pareceres favoráveis à condenação. Os próximos votos deverão ser dos ministros


(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)

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