Dos 2,14 milhões de inscritos, apenas cerca de 1 milhão de pessoas fizeram as provas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), realizadas neste domingo (18). No Pará, foram 118.876 candidatos, fazendo provas em 17 municípios, em todas as regiões do estado. O gabarito já está disponível. O Fato Regional conversou com uma candidata de Ourilândia do Norte, que comentou as características diferenciadas do “Enem dos Concursos”.
Após as provas, a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, fez um balanço preliminar do comparecimento no CPNU. Para ela, a abstenção superior a 50% está dentro do esperado, devido ao número de inscritos. O Distrito Federal teve a menor taxa de abstenção e o Ceará teve a maior. Os que mais faltaram foram os candidatos que concorriam às vagas de ensino médio.
Confira as próximas etapas do CPNU:
A ministra também falou sobre a possibilidade de uma nova edição do CPNU em 2025, após a posse dos novos servidores contratados na primeira edição do “Enem dos Concursos”. Esther Dweck, sem cravar que certamente vai ocorrer já no ano que vem, confirmou que a proposta está em análise. Esse modelo de prova, para muitos candidatos, muda as formas de estudar. E torna mais acessível a chance de ser um servidor público consciente do trabalho a ser desempenhado.
Estudante de Ourilândia do Norte comenta prova do CPNU
Tainara Cunha, estudante de Letras de Ourilândia do Norte, foi uma das candidatas do Sul do Pará. Ela foi a São Félix do Xingu, um dos polos de prova, para seguir na luta pelo sonho de ser servidora pública. Ele concorre a vagas de Nível Intermediário, pelo Bloco 8, e espera conquistar uma vaga na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O nível de questões estava muito fácil, diferente do habitual que é. A banca é uma das maiores que existe, que fugiu das decorebas. Dava pra se fazer sem ter muito estudado, o tempo de prova, pela manhã, achei muito rápido e quase não deu tempo de finalizar a dissertação, além das 15 questões de português. O tema foi muito bom: ‘Ciência, tecnologia e educação’. Como sou estudante de Letras, espero muito conseguir atingir um nível mediano de acertos das objetivas, pois estou me garantindo mais na dissertação”, disse Tainara, em entrevista ao Fato Regional.
Ainda segundo Taina, não houve qualquer problema e achou interessante que candidatos indígenas pareciam mais inclusos nas oportunidades. “Fui uma das candidatas a realizar a vistoria do malote de provas. Chegaram lacradas e sem nenhuma preocupação ou desconfiança. Uma curiosidade: não sei se mudaram as leis para povos indígenas sobre as cotas, mas eu vi que eles estavam presentes na duas escolas que vi, como participantes”, concluiu.
(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)
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