A médica Raijane Martins Barbosa Loras foi presa, nesta terça-feira (4), em Parauapebas, no sul do Pará. Ela é suspeita de envolvimento na morte de Cleyton Jorge de Sousa Perote, funcionário da Vale, em novembro de 2021. A Polícia Civil confirmou a prisão dela e de mais um suspeito do crime, que não teve a identidade revelada.
Até a prisão dela, pela Polícia Civil, acreditava-se que a vítima tinha sido alvo de um latrocínio (quando o alvo é roubado e morto). O Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) expediu o mandado de prisão preventiva contra Raijane.
No dia 21 de novembro de 2021, Cleyton Jorge havia saído do trabalho na Vale e estava esperando transporte, no bairro Cidade Jardim. Ele foi baleado fatalmente, mas até então não havia suspeitas mais públicas sobre a morte dele e motivações para o crime.
Muitas pessoas estão chocadas com a prisão da médica, que é bem conhecida em Parauapebas. No entanto, a PC ainda não divulgou mais detalhes sobre a participação dela no crime.
Raijane é ex-diretora do Hospital Geral de Parauapebas. Em fevereiro de 2021, mesmo ano da morte de Cleyton, ela se envolveu em outra polêmica: comemorou o acidente que vitimou o empresário e ativista Fernando Ferreira (“Duda”), na PA-275, dizendo publicamente que “já ia tarde”, que esperava que fosse uma “morte matada” e que “abriria um champanhe” para comemorar.
O que diz a defesa da médica presa:
Por nota, Lucas Sá, advogado de defesa da médica, diz que “Raijane Loras é reconhecida profissional na região de Parauapebas, sendo médica há mais de 15 anos na cidade, onde mora com seu marido e um dos seus filhos. Os fatos investigados são de 2021 e a médica sempre se colocou à disposição perante a Autoridade Policial, tendo inclusive se apresentado espontaneamente na Delegacia para prestar esclarecimento e comparecido quando foi chamada”.
“Por conta disso, solicitamos ao juiz do processo e à autoridade policial o acesso completo à investigação, pois existem documentos e informações que ainda não foram entregues para a defesa. Com relação à prisão, ela possui todos os requisitos para se defender e esclarecer os fatos em liberdade, por isso, aguardamos e confiamos que o judiciário poderá reavaliar esta questão”, diz a nota da defesa da médica.
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(Da Redação do Fato Regional)
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