Nesta terça-feira (24), Dia Mundial do Combate à Poliomielite (paralisia infantil), a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) faz um alerta: apenas 47% das crianças estão imunizadas contra a doença. A meta anual é de 95%. Nos últimos anos, esse objetivo tem sido cada vez mais difícil de atingir: 66% em 2022 e 57% em 2021. O cenário não é tão diferente no resto do país e há risco de retorno da doença.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus e que pode provocar graves implicações no sistema nervoso central, como atrofia e paralisia de membros, especialmente dos inferiores. Pela gravidade da doença, a Sespa alerta para a importância de manter as crianças protegidas.
“Essa é uma doença grave e que se prolonga por um período longo da história da medicina. Apesar de já a termos vencido uma vez, ela pode retornar, sobretudo devido a baixos índices de vacinação e disseminação de fake news. Por isso, a data representa um momento definitivo para alertar, novamente, sobre a importância fundamental da imunização”, comenta a coordenadora da Divisão de Imunizações da Sespa, Jaíra Ataíde.
No Brasil, a doença é prevenida por meio da vacinação nas Unidades Básicas de Saúde, gerenciadas pelas prefeituras municipais. Por isso é importante manter os altos índices de cobertura vacinal, o que é conseguido com a Vacina Inativa de Poliomielite (VIP), administrada em 3 doses, sendo a 1ª em crianças com 2 meses de idade, a 2ª em crianças com 4 meses e a 3ª dose em crianças com 6 meses. O reforço da vacina é realizado por meio da Vacina Oral Poliomielite (VOP), em 2 doses. A 1ª aos 15 meses e a 2ª dose aos 4 anos.
Para incentivar ainda mais a vacinação, a Sespa solicita mais adesão das prefeituras e da sociedade civil organizada, que tem um grande papel na difusão de boas informações sobre a saúde pública.
“Precisamos aumentar nossa cobertura vacinal contra a poliomielite e é essencial que sejam intensificadas as estratégias de vacinação. É uma doença que já foi erradicada e não podemos expor as nossas crianças ao risco de uma deficiência física que pode ser evitada. Peço aos pais que façam por onde vaciná-las”, declara a secretária de Estado de Saúde, Ivete Vaz.
(Da Redação do Fato Regional)
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