quinta-feira, 9 de maio de 2024

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MPPA contesta resposta da Segup sobre suspeitas de espionagem

Nota do MPPA contesta datas e comunicação do Governo do Estado sobre os equipamentos que são suspeitos de uso como espionagem
Delegado-geral, Walter Resende, garante a segurança dos equipamentos e reforça que são a modernização da Polícia Civil. (Foto: Bruno Cecim / Agência Pará)

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) publicou uma nota na qual contesta algumas informações, dadas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), a respeito de equipamentos de investigação policial. Há uma suspeita de espionagem, relacionada à operação S.O.S., da Polícia Federal, que resultou na prisão de secretários do Governo do Estado e um assessor do governador Helder Barbalho.

Nas suspeitas do MPPA, havia suspeitas de que o equipamento de inteligência estava sendo usado para espionar servidores que investigavam irregularidades no uso de verbas da saúde. A suspeita foi inclusive comunicada à Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

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“No dia 19 de junho de 2020, foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR) denúncia recebida acerca de uso de equipamento de espionagem, como retaliação a promotores de justiça e procuradores da República que investigavam o emprego de recursos públicos no início da pandemia de covid-19, o que foi reiterado nos dias 22/06/2020 e 25/06/2020, e, neste último dia, inclusive com reunião presencial na sede da PGR”, diz a nota.

Ainda na nota: “Somente em 30/06/2020, a Polícia Civil do Estado do Pará comunicou o MPPA acerca da existência do dispositivo. O recebimento dessa comunicação foi imediatamente informado à PGR, para as providências que o referido órgão julgasse cabíveis. Em 15/07/2020, foi recebido no MPPA o ofício nº. 960/2020-GAB.SEC.SEGUP, subscrito pelo próprio Exmo. Sr. secretário de Segurança Pública Dr. UALAME FIALHO MACHADO, por meio do qual a referida autoridade informou que chegara a seu conhecimento, por intermédio de Disque-Denúncia, ‘informação de aquisição de EQUIPAMENTO DE SOLUÇÃO DE INTELIGÊNCIA TÁTICA, COM CAPACIDADE DE CAPTAR SINAIS DE INTERFACE AÉREA E MONITORAR COMUNICAÇÃO DE CELULARES (Empresa SUNTECH S.A.)’, o que seria corroborado por informações extraídas do Portal da Transparência do Estado do Pará, que vieram anexas ao referido expediente”.

“Registre-se que o próprio Secretário frisou que a aquisição desse dispositivo já havia sido barrada em 2019 ‘por não estar comprovada a possibilidade de auditagem ou maior controle do sistema”. O recebimento desse ofício foi imediatamente informado à PGR’. Por fim, em 11/08/2020, a Delegada de Polícia Civil Dra. QUÉSIA PEREIRA CABRAL DÓREA, então Diretora do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da PCPA, compareceu ao MPPA para apresentar o Equipamento Técnico de Inteligência GI2, em reunião na qual estavam presentes diversos representantes do MPPA com atuação na área do controle externo da atividade policial. No dia seguinte, isto é, 12/08/2020, a PGR também foi informada da reunião”, segue a nota do MPPA.


Por fim, a nota encerra dizendo que “A verdade é que esta Procuradoria-Geral de Justiça não sonegou ou retardou qualquer informação ao STJ ou à Procuradoria-Geral da República acerca do dispositivo de inteligência apreendido, tendo informado imediatamente à PGR (i) o recebimento da primeira comunicação oficial da PCPA a respeito, (ii) a comunicação do Secretário de Segurança Pública quando este expressou preocupação com a aquisição de dispositivo que, em suas palavras, não possuía comprovada capacidade de ser auditado, bem como (iii) a reunião de apresentação realizada pelo NIP/PCPA”.

(Fonte: MPPA)