quinta-feira, 9 de maio de 2024

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Segup apresenta documentos comprovando que MPPA e Poder Judiciário sabiam de equipamento para investigação policial

Além do Ministério Público, também foram comunicados, oficialmente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Tribunal de Justiça (TJPA) e Auditoria Geral do Estado (AGE)
Secretário titular da Segup, Ualame Machado, garante que equipamento não pode ser usado para "espionagem", como foi pressuposto. (Foto: Bruno Cecim / Agência Pará)

Após polêmicas sobre a utilização do equipamento de inteligência policial utilizado pelos órgãos de segurança do Pará, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) apresentou documentos que comprovam a utilização técnica dos equipamentos. E que essa aquisição e critérios para uso foram comunicados e apresentados, oficialmente, para representantes do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA).

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Os documentos comprovam que a comunicação oficial foi realizada no ofício de número 457, datado em 25 de junho e enviado pelo então delegado geral da Polícia Civil do Pará, delegado Alberto Henrique Teixeira de Barros, para o procurador-geral de Justiça do Pará, Gilberto Martins.

O documento detalha os termos de contrato para aquisição do equipamento e afirma que o aparelho não possui capacidade técnica para realização de interceptação e de comunicações de aparelhos telefônicos móveis ou fixos. Além do ofício, também foi realizada, no último dia 11 de agosto, na sede do Ministério Público, uma apresentação técnica dos equipamentos e suas funcionalidades. A apresentação foi realizada para um grupo de promotores.

“Nosso objetivo, neste momento, é esclarecer que órgãos de controle, incluindo o Ministério Público e o Poder Judiciário, tinham conhecimento que a Polícia Civil comprou esse equipamento. A empresa [fornecedora] nos garante que é auditável quando necessário. Reafirmamos que não é capaz de interceptar telefone e também não é capaz de fazer escuta ambiental”, afirmou o titular da Segup, Ualame Machado.

Já o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, detalhou que as aquisições de equipamentos tecnológicos fazem parte de uma política de reestruturação e modernização da instituição. “A aquisição deste aparelho é uma necessidade real. Outros estados do país também fazem uso desta importante ferramenta que auxilia no combate à criminalidade. A Polícia Civil é uma instituição transparente. Embora não seja uma obrigação legal, fizemos uma apresentação no Ministério Público para demonstrar a forma que utilizamos o aparelho”, explicou.


Além do Ministério Público, também foram comunicados, oficialmente, o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Tribunal de Justiça (TJPA) e Auditoria Geral do Estado (AGE). Em anexo aos ofícios também foi enviado uma declaração da empresa fornecedora, afirmando que o equipamento é auditável.

(Fonte: Agência Pará)