quinta-feira, 21 de novembro de 2024

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Pará pode ser um dos maiores produtores de mudas de cacau do Brasil por iniciativa da Vale

A proposta será apresentada na Fipa 2024, que começa nesta quarta-feira, 22 de maio, e segue até o dia 25, em Belém. Entre projetos que serão apresentados pela mineradora estão investimentos em sistemas agroflorestais, pesquisa e desenvolvimento de soluções ecológicas e conceitos que vêm sendo aplicados nas unidades como o 'Fábrica Sustentável'
O Brasil é o 7º país do mundo em produção de cacau e o Pará é o principal estado produtor (Foto: Pedro Guerreiro / Agência Pará)

A Feira da Indústria do Pará (Fipa) começa nesta quarta-feira (22). O tema deste ano é “Negócios e Sustentabilidade na Amazônia”. Para essa proposta, a Vale deve apresentar uma agenda sobre investimentos em bioeconomia e inovação tecnológica a partir das iniciativas do Fundo Vale e do Instituto Tecnológico Vale. São mais de R$ 890 milhões aplicados em pesquisa científica, programas e ações que unem ciência e fortalecimento de empreendimentos. Uma delas pode tornar o estado num dos maiores produtores de mudas de cacau do Brasil.

Entre as pesquisas científicas desenvolvidas pelo Instituto Tecnológico Vale estão estudos sobre Sistemas Agroflorestais (SAFs), restauração florestal, genômica da biodiversidade brasileira, polinizadores e produção de alimentos e agroflorestas de cacau. Por meio do Instituto, o foco é usar a pesquisa como forma de enfrentar problemas e desafios socioambientais.

Pela iniciativa da Vale e rede de parceiros, o Pará pode se tornar o maior viveiro de mudas de cacau do Brasil (Foto: Divulgação / Vale)

Por meio da parceria entre o Fundo Vale e a empresa Belterra, está em construção na cidade de Canaã dos Carajás, no sudeste Pará, um dos maiores viveiros de produção de mudas de cacau do país, que irão contribuir para expandir a implantação dos SAFs. O viveiro terá capacidade inicial de 2 milhões de mudas por ano e deve chegar a 10 milhões em 2 anos. A meta é recuperar 20 mil hectares de áreas degradadas no Estado até 2030. A Meta Florestal Vale envolve a proteção e recuperação de 500 mil hectares de áreas até 2030 no Brasil.

Outro investimento é na expansão de sistemas agroflorestais no Estado. O modelo produtivo é estratégico para conciliar desenvolvimento com proteção ao meio ambiente, uma vez que alia o cultivo agrícola e florestal à conservação da biodiversidade. “A aplicação prática da ciência, por meio do desenvolvimento tecnológico, promove inovação de impacto, em colaboração com cientistas e não cientistas, contribuindo também com o potencial de geração de renda a partir da floresta viva e atuando como ponte para a bioeconomia na Amazônia”, afirma Sâmia Nunes, pesquisadora do ITV.

A diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale, Patricia Daros, destaca que para o desenvolvimento da Bioeconomia, uma rede de parceiros e uma atuação diversa são fundamentais. “Precisamos trabalhar em várias frentes que vão desde o estímulo à ciência e tecnologia, inovação e empreendedorismo, oferta de capital, desenvolvimento de mercados, regulação, incentivos e investimentos, como o que temos feito com as startups agroflorestais e silvipastoris. Só vamos conseguir avançar se colocarmos todos esses elementos a serviço do ecossistema de bioeconomia”, ressalta.

Sede do Instituto Tecnológico Vale em Belém, uma das iniciativas da Vale na busca por pesquisa e desenvolvimento de soluções sustentáveis Foto: Tiago de Sousa Araújo / Vale / Arquivo)

Exposições da Vale na Fipa contarão com tecnologia e interatividade

Com conceito futurista, telas com movimento no estande da empresa apresentarão as iniciativas voltadas para a mineração de hoje e do futuro, cada vez mais sustentável. As telas também irão permitir a interação com a história de paraenses que atuam na companhia, em diferentes áreas. Hoje, as unidades e projetos de expansão da Vale empregam cerca de 60 mil pessoas, entre trabalhadores próprios e terceirizados mobilizados.

A programação da Vale na Fipa contará ainda de 23 a 25 de maio com espaços estratégicos para bate-papos do público com equipes de Recursos Humanos e da área de Suprimentos, onde o público poderá esclarecer dúvidas sobre cadastro de currículos e contratação de empresas fornecedoras de produtos e serviços para a cadeia produtiva da mineração.

O BioParque Vale Amazônia também será uma das atrações do estande, com uma experiência virtual, por meio de videoboot. A tecnologia proporcionará imersão em um cenário virtual 360º como se estivesse dentro do espaço, que fica no coração da Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas.

A expectativa é que cerca de 20 mil pessoas visitem a feira no decorrer dos seus quatro dias, de 22 a 25 de maio, no Hangar Centro de Convenções. A Vale é uma das patrocinadoras do evento.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional, com informações da Vale)


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