A elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, em São Félix do Xingu, no sul do Pará, está perto da conclusão. Restam mais duas oficinas, previstas para janeiro e fevereiro de 2024, antes da formação do documento final, do resumo executivo e de uma cartilha. O plano vai trazer quais as diretrizes de uso e ocupação desse território preservado.
Nesta terça-feira (28) ocorreu mais uma oficina sobre zoneamento, que contou com a participação do gerente da Região Administrativa do Xingu, Denimar Rodrigues, especialistas e representantes da comunidade local. Essas oficinas são determinadas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), que estabelece procedimentos para criação e gestão das Unidades de Conservação (UCs).
Durante a oficina, foram utilizadas as informações e os mapeamentos produzidos nos diagnósticos para orientar as discussões e deliberações sobre as diferentes zonas e usos previstos para a APA Triunfo do Xingu. A metodologia adotada buscou garantir a participação ativa de todos os envolvidos, promovendo a construção do zoneamento de forma colaborativa e democrática.
“O zoneamento é uma etapa crucial para a gestão adequada da APA, pois permite a definição de áreas prioritárias para conservação, áreas de uso sustentável e áreas de ocupação restrita. Essa delimitação contribui para a proteção da biodiversidade, a promoção do desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais”, afirmou Denimar Rodrigues.
O diretor de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação, Clésio Santana, enfatizou que a elaboração do Plano de Manejo da APA Triunfo do Xingu é um processo complexo, que demanda a integração de diversos órgãos e a consideração de múltiplos aspectos socioambientais. “É um passo fundamental para garantir a conservação desse importante patrimônio natural, promovendo o equilíbrio entre a proteção da natureza e o desenvolvimento sustentável da região”, frisou.
A APA Triunfo do Xingu foi criada pelo Decreto Estadual 2.612, no dia 4 de dezembro de 2006. É uma UC de uso sustentável, com mais de 1,6 milhão de hectares. Sua área possui grande importância ecológica, com uma rica diversidade de fauna e flora, e abrange uma extensa área de floresta amazônica, onde residem inúmeras comunidades tradicionais que dependem dos recursos naturais para sua subsistência.
Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a conclusão do Plano de Manejo poderá garantir que a APA Triunfo do Xingu possa ser “…protegida e gerida de forma sustentável, garantindo a conservação da biodiversidade e o bem-estar das comunidades locais. A participação ativa da sociedade nesse processo é essencial para o sucesso das ações de conservação e para a construção de um futuro mais equilibrado e justo para todos”.
(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Pará)
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