quinta-feira, 9 de maio de 2024

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Quase 1,8 milhão de pessoas já tiveram contato com o coronavírus no Pará

Muitos, porém, são assintomáticos e isso mostra o grau de contágio real da população. Esse foi o resultado do terceiro inquérito epidemiológico do Estado.
Em pronunciamento nesta segunda-feira, o governador voltou a solicitar que a população colabore com medidas preventivas. (Foto: Reprodução / You Tube)

No Pará, 1.787.520 pessoas tiveram contato com o coronavírus sars-cov-2, o causador da pandemia de covid-19. Esse foi o resultado da terceira fase do inquérito epidemiológico do Estado, que já testou pessoas em 101 dos 144 municípios (22 participaram de todas as etapas), com mais de 26 mil testes feitos. O levantamento conta com estudantes e apoio técnico da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

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Com isso, 27,93% da população paraense com 12 anos ou mais de idade — estimativa de 6,4 milhões de pessoas — já tiveram a doença, seja de forma leve, moderada, grave, letal ou assintomática. Pelo boletim diário da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), há mais de 276 mil casos confirmados de covid-19. Esse número reflete a quantidade de casos que chegam aos hospitais.

Cabe lembrar que cada pessoa pode reagir de forma diferente ao vírus. Pode ser muito perigoso numa pessoa e sequer apresentar sintomas em outra. Por essa razão, todos devem se precaver. O governador do Estado, Helder Barbalho, destaca que uma pessoa assintomática ou que já pegou covid-19, não está imune. E todas as pessoas podem ser vetores do coronavírus, levando para dentro de casa, para o trabalho, para espaços de convivência e outros locais.

Pedro Vasconcelos, presidente do Comitê de Biossegurança da Uepa, aponta que há um aumento de casos de covid-19. Porém, redução do número de mortes. A taxa de letalidade atual da doença, registrada pela Sespa, é de 2,53%. Para ele, é possível manter as políticas públicas atuais e cuidados até que haja uma vacina disponível. O meio urbano apresentou um aumento de casos em relação ao meio rural: 66,78% contra 33,22%.
Um preocupação que o Helder e Pedro levantaram é com o público que mais concentra casos: jovens adultos. A faixa etária de 18 a 24 anos representa 20,22% das pessoas que tiveram contato com o coronavírus. A faixa etária de 25 a 34 anos representa 22,9%. Os idosos são 8,55%.

Regiões sul e sudeste do Pará exigem mais cuidado da população

Na região Carajás, 277.361 de 851.857 pessoas (26,6%) já estão, em teoria, um pouco mais resistentes ao vírus da covid-19. Um pouco mais resistentes, apenas, já que há casos de reinfecção (ter pegado não garante imunidade total). Lá, 16,26% da população não fez qualquer tipo de distanciamento ou isolamento social, enquanto 26,64% alegaram ter se esforçado ao máximo. E 7,27% se isolaram totalmente mesmo.
A região Araguaia apresentou 16,54% de índice de prevalência, com 60.278 das 364.441 pessoas que já tiveram contato com o coronavírus. Foi uma região com 9,26% das pessoas afirmando não ter feito nenhum tipo de isolamento. Outros 33,33% disseram ter feito o melhor que puderam e 3,7% realmente ficaram isolados. A Araguaia e a Carajás, pelos baixos índices de prevalência, são as que devem manter cuidado por ainda terem muitas pessoas vulneráveis.
Pelo inquérito, mais de 90% da população reconhece que usar máscara, lavar as mãos e usar álcool em gel são medidas eficientes de prevenção. “Entre conhecer as medidas e praticar, há diferença. Então solicito à população mais atitude na defesa de si próprio. Se sabe quais são as medidas preventivas, precisam agir dessa forma. Será essencial parta equilíbrio e controle da pandemia até que tenhamos uma vacina”, comentou Marcelo do Nascimento Botelho, reitor da Ufra.
“Fizemos um reforço nas estruturas dos hospitais regionais de Santarém, de Marabá, de Redenção e de Conceição do Araguaia. Sistema hospitalar sob controle, não significa que o vírus foi embora. Minha gratidão às pessoas que colaboraram com seus esforços, sejam as que ficaram em isolamento, sejam no uso de máscara e higienização ou só sair em casos realmente necessários”, concluiu Helder.
(Victor Furtado, da Redação Fato Regional)