segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

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Reprovação do governo chega a 43% e bate recorde na pandemia

A aprovação do desempenho pessoal de Bolsonaro recuou de 47,8% em janeiro deste ano para 39,2% em maio

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o governo Jair Bolsonaro atingiu o pior índice de avaliação da sua gestão, e pessoal, desde que assumiu o cargo, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA, divulgada ontem.

De acordo com o levantamento, a fatia dos que avaliam o governo como ruim e péssimo cresceu de forma expressiva, de 31% para 43,4%, de janeiro a maio deste ano. No mesmo período, o porcentual dos entrevistados que consideram o governo ótimo ou bom passou de 34,5% para 32%. Aqueles que avaliam o governo Bolsonaro como regular eram 32,1% no início do ano, e agora são 22,9%.

A aprovação do desempenho pessoal de Bolsonaro recuou de 47,8% em janeiro deste ano para 39,2% em maio. Ao mesmo tempo, a desaprovação subiu de 47% para 55,4% – também o porcentual mais negativo neste quesito registrado nos quatro levantamentos feitos pela pesquisa CNT/MDA desde fevereiro de 2019. Os que não opinaram foram 5,4%.

Até então, as piores avaliações do governo e pessoal de Bolsonaro haviam sido registradas em agosto de 2019. Naquele mês, 53,7% dos entrevistados desaprovavam o presidente e 39,5% reprovavam o governo.

O levantamento aponta que a maior parte dos entrevistados aprova medidas de isolamento social para toda a população para o combate ao coronavírus. Para 67,3%, o distanciamento deve ser praticado por todos, independentemente de estar ou não do grupo de risco – como prega Bolsonaro. Segundo o levantamento, 29,3% dos ouvidos consideram que o isolamento deve ser restrito aos grupos de risco. Os que acham que não deve haver isolamento social, mesmo durante a pandemia, são 2,6%.

A maior parte dos entrevistados desaprova as manifestações antidemocráticas contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) que ocorreram recentemente no País – em alguns casos, os atos tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a pesquisa, 51,8% afirmaram ser contra as recentes manifestações que pediam o fechamento do Congresso e do STF, enquanto 28,8% disseram ser favoráveis aos atos. Outros 10,8% afirmaram não ser nem a favor nem contra; e 8,6% não souberam ou não quiseram responder.


A pesquisa ainda questionou sobre uma eventual mudança na data das eleições municipais, marcadas para outubro, por causa da pandemia. Para 62,5% o pleito deve ser adiado. Outros 30,4% acham que as datas devem ser mantidas.

 

 

Fonte: Agência Estado