quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Rota do Cacau do Pará vai receber R$ 1 milhão para pesquisa na UFPA

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional está à frente do investimento que vai potencializar o estado como maior produtor de cacau de qualidade do Brasil
Tucumã, Medicilândia e Altamira são os maiores expoentes da produção de cacau do Pará e são referência para marcas de chocolates nacionais e internacionais (Foto: Ascom Semas / Agência Pará)

A Rota do Cacau do Pará é um sistema produtivo que atravessa toda a região da Transamazônica. Para desenvolver e estimular esse circuito da cacauicultura, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) aprovou o repasse de R$ 1 milhão para a estruturação de um laboratório de estudo de solos e da água na Universidade Federal do Pará (UFPA).

A proposta é atender a todos os produtores locais, que são carentes desse serviço. O Brasil é 7º maior produtor mundial de cacau. O fruto é visto como promessas de crescimento do setor agrícola nacional. A agregação de valor do cacau supera 2.000% da amêndoa ao chocolate e a cadeia produtiva movimenta R$ 20 bilhões no território nacional. O Pará conseguiu superar a Bahia como líder na produção.

“A Rota do Cacau é promissora, dado o potencial de agregação de valor, especialmente com o chocolate, e pela contribuição que o cultivo do cacau representa na recuperação das áreas degradadas e na redução do desmatamento”, comenta a secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo.

“Esse centro terá o objetivo de fornecer uma série de serviços aos produtores, como análise de solo, sensorial, microbiológica, além de uma incubadora, implantada na universidade para desenvolver negócios na cadeia do cacau”, explica Elis Trzeciak, produtora de cacau e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

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Investimento acadêmico na Rota do Cacau do Pará

Outra conquista recente do Polo Transamazônica da Rota do Cacau foi a aprovação, por meio do Plano Sub-regional de Desenvolvimento Sustentável do Xingu (PDRSX), de mais de R$ 1,1 milhão em recursos para a criação de turmas de mestrado e doutorado com foco na cadeia produtiva do cacau.

“A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em parceria com a UFPA, em Altamira, está capacitando 21 estudantes de mestrado e nove doutorandos. E as pesquisas que estão sendo realizadas por eles visam atender demandas da indústria dos produtores locais”, informa Elis Trzeciak.

Em outra ação do MIDR, em 2020, foi realizado, em parceria com a UFPA, um plano de negócios para a criação de um Centro de Inovação do Cacau e Chocolate. Com recursos do PDRSX, foi desenvolvida uma incubadora de empresas que já conta com sete startups em desenvolvimento, totalizando cerca de R$ 3 milhões em investimentos.

O Pará é responsável por 96% da produção da região Norte do País, que sozinha representa mais da metade do cacau brasileiro (Foto: Ascom Semas / Agência Pará)

Principais projetos para a Rota do Cacau do Pará começaram ainda em 2018

O MIDR apoia o Polo Transamazônica da Rota do Cacau desde 2018, quando foi feito o planejamento estratégico que resultou na criação do Comitê Gestor local.

Um projeto piloto, em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), no valor de R$ 100 mil, foi aprovado para capacitação de técnicos que atuam na cadeia produtiva do cacau na região. Foram 30 profissionais capacitados.

Em 2019, o MIDR investiu R$ 550 mil para a construção de um manual de boas práticas da cacauicultura e para a implantação de unidades de testes de diferentes modelos de arranjo do plantio, além da elaboração de um plano de negócios para a implantação do Centro de Inovação e Excelência do Cacau.


(Da Redação do Fato Regional, com informações do MIDR)

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