terça-feira, 14 de maio de 2024

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Segunda etapa da desintrusão tem imóveis destruídos e animais abandonados na Apyterewa, em São Félix do Xingu

Os relatos de moradores vendo os próprios imóveis sendo destruídos ou os de vizinhos se acumulam nas redes sociais, enquanto a operação avança sob determinação do STF
Nas redes sociais, moradores da Apyterewa mostram situação dos imóveis após o desmonte pelos agentes federais (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Desde o dia 9 de novembro, o Governo Federal passou a destruir imóveis na operação de desintrusão da Apyterewa, em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Nas redes sociais, relatos de moradores que estão sendo expulsos trazem choro, desespero e revolta ao passo que mostram os destroços dos patrimônios que famílias levaram uma vida para erguer. Animais estão sendo deixados à própria sorte e com risco de morrerem sem os devidos cuidados. O nível de truculência dos agentes, dizem pessoas que viveram anos na área, aumentou exponencialmente.

O aviso de que a fase de notificações na Apyterewa acabou foi divulgado no dia 9 de novembro. Agora, todos os não-indígenas devem deixar a área, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), para destinação à vivência exclusiva dos indígenas Parakanã e à preservação ambiental. O cenário nas vilas da região é de destruição, ruínas, tristeza, medo e incerteza. E não há quaisquer sinais de ajuda ou compensação. Apenas a expulsão sumária de trabalhadores que se sentem acuados e humilhados.

As incursões avançam ao passo que imóveis vão sendo destruídos e animais que não podem ser resgatados vão sendo deixados para trás (Foto: Neia Craveiro / Jucelino Show na Net / Especial para o Fato Regional)

 

“Esta etapa vai ser desenvolvida com a atuação de todo o efetivo que está nas bases montadas no território. A partir do trabalho de geoprocessamento, depois da primeira etapa concluída, ficou comprovado que os técnicos visitaram praticamente a totalidade das edificações em Apyterewa. E a estimativa é que 80% do gado que estava ilegalmente na terra indígena tenha sido retirado”, diz a nota.

 

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Nesta nova etapa, como comunicou o Governo Federal, começam a valer medidas como aplicação de multas de até R$ 10 mil por dia e por pessoa que permanecer na área. E ainda, retirada forçada de gado e desmonte de imóveis não-indígenas. Todas as ações estão previstas, no plano de ação que foi homologado pelo STF. A suprema corte também já ratificou, em decisões do ministro presidente, Luís Roberto Barroso, que não há mais o que discutir sobre a Apyterewa.

Sem ter como resgatar, alguns animais estão sendo deixados para trás e abandonados à própria sorte (Foto: Neia Craveiro / Jucelino Show na Net / Especial para o Fato Regional)

 

Enquanto isso, o Governo do Pará está mobilizando esforços para criar um mutirão de atendimentos às famílias que foram obrigadas a deixarem os patrimônios para trás na Apyterewa, com facilitação de acesso a benefícios sociais e programas de apoio pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster). Os trabalhos contam com o programa Alepa Itinerante e o Mandato Móvel do deputado estadual Torrinho Torres (Podemos).

(Da Redação do Fato Regional)


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