Com a queda da inflação, puxada pela redução de preços de alimentos e combustíveis, o Banco Central ficou sem argumentos para manter a taxa básica de juros da economia brasileira. Nesta quarta-feira (2), por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa em meio ponto percentual, indo para 13,25% A expectativa, por enquanto, é de um ciclo de reduções de 0,5 ponto percentual periodicamente.
Foi a primeira redução praticada desde agosto de 2020. Desde o começo do atual governo, o Banco Central vinha sendo pressionado a reduzir a taxa básica de juros, como uma forma de aquecer a economia brasileira. A Selic em 2%, a menor taxa de história, só foi aplicada para amenizar o caos econômico gerado pela pandemia de covid-19. Depois de março de 2021, só aumentou.
A Selic é um instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em junho, o indicador ficou negativo em 0,08% e acumula 3,16% em 12 meses. Caso a inflação siga em queda, o cenário de projeções do Banco Central sobre redução dos juros pode mudar.
“O comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”, disse nota do Copom.
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(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil)