sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Sérgio Moro será investigado por suposta ameaça a empresário durante delação premiada contra o Consórcio Nacional Garibaldi

Além do ex-ministro e ex-juiz federal Sérgio Moro, o empresário Tony Garcia denunciou que outros agentes públicos estão envolvidos em práticas suspeitas e sob investigação da Polícia Federal. A nova investigação foi autorizada pelo STF após demanda da PGR
O senador, segundo empresário Tony Garcia, o teria coagido a produzir provas contra desafetos e contra pessoas ligadas ao PT (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O senador Sérgio Moro (União Brasil – PR) será alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) por supostas ameaças e práticas suspeitas contra o empresário Tony Garcia, que foi delator durante uma investigação de gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi. O ministro Dias Toffoli acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a abertura do procedimento contra o ex-juiz e ex-ministro após investigações da Polícia Federal.

Em 2004, Tony Garcia — que já foi deputado estadual pelo Paraná — fechou um acordo de delação premiada com Sérgio Moro, que até então era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Em 2021, o empresário formalizou reclamações à juíza Gabriela Hardt, que ficou no lugar de Moro quando ele deixou o cargo para ser ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No depoimento à magistrada, o delator disse que foi coagido a investigar e gravar investigados. Alguns eram desafetos de Moro ou eram ligados ao PT.

Tony Garcia foi preso pela Polícia Federal durante as investigações do Consórcio Nacional Garibaldi. Era um processo anterior à Lava Jato. Até o ano passado, o depoimento do delator estava parado, até que, por um curto período à frente da operação “Lava Jato”, o juiz Eduardo Appio enviou o depoimento ao STF. O ministro Dias Toffoli determinou que o depoimento de Tony Garcia fosse tomado pela Polícia Federal.

Polícia Federal diz que relato de Tony Garcia é ‘longo’ e ‘confuso’, mas aponta aspectos ‘potencialmente criminosos’

A Polícia Federal ouviu Tony Garcia por três dias em agosto de 2023. No relatório da corporação, o empresário fez uma narrativa  considerada “…longa, detalhista e por vezes confusa, aduziu sobre diversos aspectos potencialmente criminosos envolvendo agentes públicos e privados que atuaram direta e indiretamente na Operação Lava Jato”. Os advogados do ex-deputado também enviaram uma série de documentos que supostamente comprovariam os atos ilícitos.

No pedido de abertura de inquérito enviado ao STF, a PGR escreveu que os relatos de Garcia “…apontam para um desvirtuamento das decisões tomadas no âmbito da Operação Lava Jato (…) eventual prática dos crimes de concussão, de fraude processual, de organização criminosa e de lavagem de capitais”.

Por nota, Sergio Moro disse que sua defesa ainda não teve acesso aos autos do processo. Moro afirmou que “…não houve qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás”. Ainda na nota, o senador “…nega, ademais, os fatos afirmados no fantasioso relato do criminoso Tony Garcia, a começar por sua afirmação de que ‘não cometeu crimes no Consórcio Garibaldi’”.

(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Brasil)


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