sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

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RSBR e Centro de Sismologia da USP apontam tremor de terra em Tucuruí; Já são 4 casos em 2025 no Pará

Este já é o quarto caso de tremores de terra no Pará só neste ano, sendo todos em municípios da região Sudeste. Os últimos ocorreram no dia 17, em Novo Repartimento, e nos dias 4 e 9 em Parauapebas. Em 2024, foram 9 registros nas regiões do Araguaia e Carajás.
O município de Tucuruí, na região Sudeste do Pará, teve um tremo de terra registrado nesta semana, o 4º caso ocorrido no Pará neste ano (Foto: Augusto Miranda / Agência Pará)

Tucuruí, no Sudeste do Pará, registrou um tremor de terra de magnitude 2.9 mR na madrugada de terça-feira (28). O registro ocorreu por volta de 03h32 (horário de Brasília). Possivelmente, o abalo sísmico não foi sentido pela população. Este já é o quarto caso de tremores no Pará só neste ano, sendo todos em municípios da mesma região. Os últimos ocorreram no dia 17, em Novo Repartimento, e nos dias 4 e 9 em Parauapebas.

O abalo sísmico de baixa magnitude foi registrado pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e analisado pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo. O tremor em Novo Repartimento teve magnitude 2.3 mR. Os de Parauapebas foram de 2.7 e 2.8. Em nenhum dos casos, os fenômenos foram percebidos pela população.

“Tremores de terra de baixa magnitude são relativamente comuns no Brasil. Em geral, esses pequenos sismos são causados por pressões geológicas movimentando pequenas fraturas na crosta terrestre”, informou a RSBR. Em 2024, como registra o Centro de Sismologia da USP, ocorreram 9 tremores nas regiões Sul e Sudeste do Pará, incluindo Canaã dos Carajás, Parauapebas, Bannach, Floresta do Araguaia.

(Foto: Divulgação / RSBR)

A Sismologia utiliza duas mensurações da força de um tremor: a MLv (local e com profundidade até 50 metros) e a mR (regional, com raio de 200 a 1.500 quilômetros). A escala Richter, nome mais conhecido pela população em geral sobre a força de um terremoto, de 3.5 a 5.4, o sismo é considerado menor. Entre 5.5 e 6.0 já pode provocar danos menores em edifícios bem construídos e graves em construções de baixa resistência a vibrações.

Um terremoto atingindo entre 6.1 e 6.9 na escala Richter, pode provocar devastações numa raio de 100 km a partir do epicentro. Entre 7.0 e 7.9, a intensidade dos danos e área afetada aumentam. Sismos acima de 8.0 podem provocar grandes danos em regiões localizadas a centenas de quilómetros em torno do epicentro. Tremores de 9.0 ou mais são excepcionais. O mais intenso já registrado atingiu 9.5, em 22 de maio de 1960, no Chile, provocando mortes e devastação.

Por enquanto, a população das regiões Sul e Sudeste do Pará não deve ficar alarmada, já que os tremores nessas regiões são considerados normais e não entram em nenhum nível de alto risco. Já especialistas seguem monitorando a atividade sísmica dessas regiões e emitindo boletins e alertas, que devem ser levados em consideração pelas prefeituras e Governo do Estado para planejamento.

(Victor Furtado, da Redação do Fato Regional)


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