Governo federal impõe prejuízo de R$ 79 milhões ao garimpo ilegal na desintrusão da Terra Indígena Kayapó

A área total da TI é de 3.284 mil hectares, com população indígena estimada de 6,3 mil habitantes. A TI fica localizada entre os municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Foto: Secom/Governo Federal.

Operação de Desintrusão da Terra Indígena Kayapó (OD-TIKAY) segue em ritmo acelerado e já provocou mais de R$ 79,5 milhões em prejuízos diretos ao garimpo ilegal na região. A iniciativa é liderada pelo Governo Federal e reúne mais de 15 órgãos públicos em uma força-tarefa inédita para enfrentar crimes ambientais e garantir os direitos dos povos indígenas.

As ações seguem amparadas pela decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 709, reafirmando o compromisso do Governo Federal com a soberania indígena e o combate efetivo ao crime na Amazônia.

A área total da TI é de 3.284 mil hectares, com população indígena estimada de 6,3 mil habitantes. A TI fica localizada entre os municípios de Bannach, Cumaru do Norte, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, no sul do Pará.

Desde o início da operação, em 2 de maio, foram realizadas 370 ações operacionais — 50 delas apenas na última semana —, incluindo a destruição de maquinários pesados, desmobilização de acampamentos ilegais, além de patrulhamentos terrestres e aéreos e bloqueios em rodovias que dão acesso à área protegida.

A ofensiva mira desarticular a logística que sustenta as atividades criminosas, restringindo o transporte de combustíveis, equipamentos e mantimentos utilizados pelos garimpeiros.

Coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, a operação conta com a participação de ministérios, forças de segurança, agências reguladoras e órgãos ambientais. Entre eles, estão os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, Defesa, Povos Indígenas e Trabalho, além de Ibama, Funai, Polícia Federal, Força Nacional, Polícia Rodoviária Federal, Censipam, AGU, ANTT, ANP, ANAC e a Secretaria de Comunicação Social (Secom).

A integração das equipes garante uma atuação coordenada e eficaz, em consonância com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinam a retirada de invasores e a interrupção de atividades ilegais em terras indígenas.

Resultados

Desde o início da operação, as forças de fiscalização têm enfraquecido significativamente a presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó. Duzentos e setenta e quatro motores foram inutilizados, 7 motos foram destruídas, 70 acampamentos e 655 foram desmontados e o fluxo de abastecimento, bloqueado.

Outros equipamentos como placas solares, antenas, balsas e tanques de combustível também foram inutilizados pela força-tarefa. A permanência das equipes no território tem sido essencial para impedir o retorno das atividades criminosas.

“O impacto na capacidade operacional dos garimpeiros é evidente. Estamos desestruturando as redes logísticas e financeiras do garimpo ilegal, com base em ações planejadas e respaldadas por informações de inteligência”, afirma Nilton Tubino, da Casa Civil, coordenador da operação.

Monitoramento contínuo

A atuação de inteligência, liderada pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e pelo Censipam, tem sido determinante. As informações levantadas em campo permitem ações cirúrgicas e o mapeamento de rotas clandestinas, depósitos de materiais e pontos críticos de exploração.

O monitoramento de rios e estradas, por sua vez, tem dificultado o transporte de insumos, enfraquecendo a cadeia que sustenta a mineração ilegal na região.

Compromisso

A operação OD-TIKAY reforça o compromisso do Governo Federal com a defesa dos direitos dos povos indígenas, a preservação da Amazônia e o enfrentamento aos crimes ambientais. A expectativa é de que as ações se intensifiquem nas próximas semanas, com reforço nas fiscalizações por terra, água e ar.


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Secom do Governo Federal)

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