Câmara aprova ‘ECA Digital’ para proteger crianças em ambientes on-line

Projeto estabelece regras para aplicativos e redes sociais e retorna ao Senado após mudanças feitas pelos deputados.
O PL 2628/22 cria regras para proteger crianças e adolescentes no uso de aplicativos, jogos eletrônicos, redes sociais e outros serviços digitais( Foto: Elza Fiuza / Agência Brasil / Imagem Ilustrativa)

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2628/22, que cria regras para proteger crianças e adolescentes no uso de aplicativos, jogos eletrônicos, redes sociais e outros serviços digitais.

Conhecida como “ECA Digital”, a proposta estabelece obrigações para fornecedores e mecanismos de controle parental, com vigência prevista para um ano após a publicação da lei.

O texto, de autoria do Senado, recebeu alterações do relator Jadyel Alencar (Republicanos-PI), que destacou o papel central das famílias na proteção dos filhos, sem transferir totalmente essa responsabilidade às plataformas.

Entre as medidas previstas estão a adoção de mecanismos técnicos para reduzir a exposição a conteúdos nocivos, como pornografia, incentivo ao suicídio, jogos de azar e bullying, além da oferta de canais acessíveis para denúncias.

A proposta, aprovada na última quarta-feira (20), também determina que as obrigações sejam aplicadas de forma proporcional à capacidade de cada fornecedor de intervir nos conteúdos.

Provedores de mídia com controle editorial, como jornais e revistas, poderão ser dispensados das exigências caso sigam regras do Executivo sobre classificação indicativa e mediação parental.

O projeto proíbe mecanismos de vigilância massiva e garante direitos fundamentais, como liberdade de expressão, privacidade e proteção de dados de menores.

Durante o debate em plenário, parlamentares da base e da oposição reconheceram o projeto como um avanço histórico na proteção da infância no ambiente digital.

Deputados destacaram o consenso em torno da pauta e a pressão da sociedade civil para a aprovação. Como sofreu alterações, o texto volta agora ao Senado para nova votação.


(Da Redação do Fato Regional, com informações da Agência Câmara de Notícias)

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