sábado, 23 de novembro de 2024

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Mortalidade de pacientes de covid-19 internados em UTI é de 47,6% no Brasil, aponta pesquisa

Imagem ilustrativa (Foto: Amazônia Real / Fotos Públicas)

Um estudo constatou que 47,6% dos pacientes com covid-19 que são internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) no Brasil morrem. A pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 37 hospitais.

Uma “calculadora” foi criada, baseada em análises dos tratamentos e diagnósticos de milhares de pacientes, que pode ajudar médicos a tomar decisões mais assertivas a fim de diminuir as mortes. A UFMG esteve em hospitais de Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Participaram cerca de 150 profissionais de saúde, além de 27 estudantes de medicina e enfermagem.

“Em uma primeira análise do estudo, que começou no início da pandemia, em dois mil pacientes cadastrados foi observado que 1 em cada 5 internados em diferentes cidades faleceram. A situação fica mais grave considerando internados em UTI: a cada dois pacientes, um faleceu. Mais tarde, quando chegamos a cinco mil pacientes, desenvolvemos a ‘calculadora’. Ela foi aplicada em mais de mil pacientes do Brasil e também em pacientes de Barcelona. Os resultados foram muito bons”, disse a professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Milena Soriano Marcolino, que coordena o projeto.

A ferramenta foi lançada na semana passada e pode ser acessada gratuitamente no site. O material também será disponibilizado em papel para hospitais ou profissionais que não tem acesso à internet. A “calculadora” – ou “score”, como também é chamada – leva em conta idade, comorbidade, frequência cardíaca, nível de plaquetas, entre outras variáveis. O objetivo é que seja usada logo na entrada do paciente no setor de emergência.


“Nós usamos dados desde a admissão no hospital para que a calculadora fosse útil precocemente na chegada. Para que médico e enfermeiro consigam, precocemente, identificar pacientes que precisam de reavaliações mais frequentes e, às vezes, uma locação mais precoce em terapia intensiva”, disse a médica.

 

Com informações do G1