O advogado e professor acadêmico Fernando Haddad, por enquanto, é o possível candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) a presidente, para as eleições de 2022. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (5). Porém, essa escolha está condicionada a Luiz Inácio Lula da Silva não recuperar os direitos políticos que estão cassados. Ainda há recursos correndo nas instâncias finais e uma expectativa de revisão dos processos conduzidos pelo ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro.
“Ele (Lula) me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar. Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad em entrevista à TV 247, revelando que começará a viajar pelo Brasil para começar a consolidar o projeto de pré-campanha. Haddad já foi prefeito de São Paulo (SP), mas pelo partido ao qual é filiado, enfrenta um ódio político que será o maior desafio para a nova campanha.
Nas eleições de 2018, Haddad era candidato a vice-presidente, com Lula como candidato a presidente. A estratégia era arriscada desde o início, já que Lula enfrentava processos que poderiam terminar em condenação e perda de direitos políticos. O PT acreditou na transferência automática e imediata de votos ao colocar Haddad na cabeça da chapa e Manuela D’Ávila (PC do B) como vice, na substituição apressada quando o ex-presidente foi condenado. A chapa chegou ao segundo turno e perdeu para a chapa de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, atuais presidente e vice.
(Da Redação Fato Regional)
